Description
Apresentação de Ariel Palácios, jornalista da GloboNews.
Tive a honra e o prazer de me tornar amigo de Léo Gerchmann em 1997, quando ele foi a Buenos Aires como correspondente do jornal Folha de S. Paulo. Era um ano turbulento na política, mas Leo tirou de letra. Da mesma forma que Sherlock Holmes resolvia seus mistérios matutando enquanto fumava seu cachimbo, Leo desvendava – impassível – a complexa política argentina enquanto segurava sua cuia, tomando goles de chimarrão.
Ele sempre teve um texto fluido, agradável e didático de ler. E esse didatismo estava presente não somente em seu material na época sobre a Argentina (pois ele abominava todos aqueles bregas clichês que existem, ainda bem que cada vez menos, em setores brasileiros sobre a Argentina e a região), mas também é sua marca nas colunas na SLER, onde desmonta as surradas – e superbregas – teorias da conspiração que tanto marcam a classe política brasileira e também os setores fanáticos religiosos do Brasil.
Leo, em suas colunas, também recupera o velho cosmopolitismo cético e laico dos askenazy, que hoje – infelizmente – está meio esquecido no contexto mundial da comunidade, mas que gerou figuras como Sigmund Freud, Karl Marx e Albert Einstein.