Certamente você nunca viu falar em Francisco Salamone. Dificilmente alguém sabe, fora da Província de Buenos Aires ou do meio dos arquitetos que vivem ou atuam na Argentina, e se dedicam a conhecer a sua história, quem foi este personagem. Na Argentina foi redescoberto em 1997, quando do centenário de seu nascimento, ocasião em que foi montada uma exitosa exposição fotográfica sobre sua obra pelo Instituto de Cultura da Província de Buenos Aires, intitulada “Francisco Salamone Ressurge”, realizada por Ed Shaw e seu filho Tom, no Centro Cultural Borges (LONGONI & MOLTENI, 2014, p. 7). Depois a exposição percorreu outras cidades do país e esteve até no exterior. Daí em diante, Salamone e sua obra ressurgiram em filmes e vídeos, livros e artigos, exposições fotográficas e investigações acadêmicas. Conquistou o seu espaço na historiografia da arquitetura argentina. O objetivo do artigo é o de apresentar o arquiteto e sua produção ao público da Sler.
Francesco Salamone D’Anna, aqui chamado de Francisco, nasceu em 5 de junho de 1897, em Leonforte, povoado da província de Enna, situada no coração da ilha da Sicília, distante uns oitenta quilômetros de Catânia, no sul da Itália. Sua família emigrou para a Argentina em 1903, quando ele tinha seis anos, estabelecendo-se na região oeste da cidade de Buenos Aires. Vieram os pais e seus três filhos. Franciso era o do meio. Na Argentina a família cresceu, nasceram outros dois irmãos. Seu pai chamava-se Salvatore (aqui chamado de Salvador), construtor que introduziu seus filhos homens no ofício. Pouco se sabe da trajetória profissional de seus irmãos. O ítalo-argentino Francisco estudou na Escola Industrial da Nação Otto Krause, em Buenos Aires, de 1914 a 1916, onde se destacou, obtendo a titulação de “Técnico Construtor”. Em seguida ingressou na Universidade Nacional de La Plata, mudando-se posteriormente para a Universidade Nacional de Córdoba (Faculdade de Ciências Exatas, Físicas e Naturais), onde, em dezembro de 1920, concluiu o curso, e, em 4 de agosto de 1922, recebeu o grau de Engenheiro Civil e Arquiteto. Na mais tradicional universidade argentina (fundada em 1613), onde eclodiu a famosa Reforma Universitária, de junho de 1918, Salamone se beneficiou da legislação que permitia aos alunos egressos das escolas técnicas, cursarem os ramos da engenharia, a partir do segundo ano do curso. Neste período, beneficiaram-se da mesma legislação Ángel Guido (1896-1960), de Rosario, e Jaime Roca (1899-1970), de Córdoba, que tiveram destacada atuação profissional no segundo quartel do século XX. Na faculdade, Salamone se destacou especialmente nas disciplinas ligadas ao campo da arquitetura: Arquitetura I e II, Projeto, desenho ornamental e desenho arquitetônico. Lecionavam professores como o arquiteto húngaro Juan Kronfuss (1872-1944), que ingressou naquela época para lecionar Arquitetura II, e Emilio Caraffa (1862-1939), que atuou na área de representação gráfica. Consta em um certificado desta universidade de que em menos de dois anos, Francisco teria recebido a titulação com distinção. Nessa época, entre 1918 e 1919, fez ainda uma viagem de estudos à Europa, estando certamente em Milão e Barcelona.
René Longoni e Juan Carlos Molteni, que escreveram um livro para a coleção “Maestros de la Arquitectura Argentina”, chamados de cuadernos de arquitectura, número 5, intitulado “Francisco Salamone”, publicação do suplemento ARQ Diário de Arquitectura do Jornal El Clarín, através da empresa Arte Grafico Editorial Argentino S.A., em parceria com a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Buenos Aires (FADU-UBA), dizem que tiveram dificuldades ao estudar a trajetória do arquiteto devido a perda do seu arquivo profissional e empresarial (Idem, p. 13).
Sabe-se que no período em que estudou nas universidades citadas, participou de um concurso para o Panteão de Policiais e Bombeiros no Cemitério da Chacarita, em Buenos Aires, promovido pela Polícia Federal e patrocinado pela Sociedade Central de Arquitetos (SCA), em 1917. Salamone, com apenas vinte anos de idade, e sem ser arquiteto, obteve menção especial, concorrendo com profissionais e escritórios consagrados (Ibidem, p. 13).
Formado, Francisco Salamone permaneceu em Córdoba onde trabalhou até 1925. Continuou suas atividades na região, transferindo-se para o Valle Hermoso (a 75 km da capital da província). Com a crise internacional de 1929 e com a crise política nacional instaurada a partir de 1930, encontrou trabalho, entre 1933 e 1935, em Villa María, no centro-oeste da província. Nesta primeira fase de sua carreira, Salamone realiza e materializa obras no estilo neocolonial. Em Villa María, para o prefeito Eugenio Parajón Ortiz, chegou a elaborar, em 1933, projetos de um Palácio Municipal e de um Teatro, onde expressou o seu domínio sobre o ecletismo historicista presente na sua formação Beaux-Arts. Como o momento era de crise política e econômica, tais ideias não saíram do papel. As suas realizações mais importantes na cidade foram a Praça Centenário e o Matadouro Modelo. Nestas obras, valeu-se da linguagem Art Déco, com a qual desenvolveria a quase totalidade de sua trajetória e que o notabilizaria.
A fase mais importante da produção arquitetônica de Francisco Salamone deu-se na época conhecida na história argentina como “a década infame”, título cunhado pelo historiador José Luis Torres. Em 6 de setembro de 1930, Hipólito Yrigoyen (1852-1933), da União Cívica Radical, que cumpria seu segundo mandato desde 12 de outubro de 1928, é deposto por um golpe cívico-militar, assumindo o general filofascista José Félix Benito Uriburu (1868-1932), que governou no período entre 1930 e 1932, afastando-se por problemas de saúde, vindo a falecer dois meses depois. Deu lugar ao general Agustín Pedro Justo (1876-1943), que governou de 1932 a 1938 (na chamada democracia fraudulenta, onde campeou a corrupção, fraudes eleitorais e o autoritarismo de inspiração fascista). É bom lembrar que naquela época, Benito Mussolini (1883-1945) e Adolf Hitler (1889-1945) influenciaram governantes sul-americanos na construção de um Estado grande, forte e paternalista, cujo slogan era “Deus, pátria e família” (qualquer semelhança com os dias atuais, não é mera coincidência). Este período da história platina se complementaria com a sucessão de Justo pelo advogado Roberto Marcelino Ortiz Lizardi (1886-1942), que governou de 1938 a 1940, e que também, devido ao agravamento de seu estado de saúde, entregou o cargo para o também advogado Ramón Antonio Castillo Barrionuevo (1873-1944), que encerou essa etapa, procurando combater os erros cometidos por seus antecessores.
Alberto Petrina salienta que, se por um lado “o novo regime resultaria institucionalmente questionável – mantendo o radicalismo (da União Cívica Radical), na proscrição política e recorreu quase permanentemente à fraude eleitoral -, de modo algum é lícito medi-lo com a mesma régua no terreno da cultura e das obras públicas” (PETRINA, 2002, p. 140). Este autor faz este importante alerta pois a “Década Infame” acabaria sendo vista, nestes dois setores, como a mais brilhante do século XX na nação argentina.
A década de 1930, foi a época de ouro do teatro e do rádio, de esplendor do tango e do desenvolvimento da indústria cinematográfica argentina; do extraordinário auge do setor editorial (destaque para a mítica Revista Sur, de Victoria Ocampo); da criação da atual sede do Museu Nacional de Belas Artes (1934) e da Academia Nacional de Belas Artes (1936). Foi também, como destaca Alberto Petrina, “a época da multiforme ebulição das vanguardas plásticas argentinas, que incluirão tanto aos membros do chamado Grupo de Paris como aos da Escuela de La Boca, assim como aos integrantes das correntes de reivindicação nacional e aos grupos sensíveis à realidade nacional” (Idem).
No campo do urbanismo e da arquitetura, a década foi fecunda. “A cidade de Buenos Aires passou por um rápido processo de metropolização mediante um ambicioso programa de obras públicas e uma coincidente expansão da atividade construtiva privada cuja envergadura não reconhecerá precedentes” (Ibidem). Nos principais centros urbanos do interior do país (Córdoba, La Plata, Mar del Plata, Mendoza, Rosario, San Miguel de Tucumán, Santa Fe), também ocorreram investimentos significativos. Este é o motivo pelo qual se questiona o temo cunhado por Torres, de “Década Infame”. Petrina cita a crítica de arte Martha Nanni (1994, p. 22), que rechaçou este termo: “Tal designação deu lugar a confusões funestas sobre a arte argentina. A mesma provém do campo político (…) No campo da criação artística é um dos momentos mais estimulantes. Todavia, as interpretações provenientes da ‘esquerda esclarecida’ como da ‘direita cosmopolita’ levaram a conclusões e omissões descabidas”.
Os argentinos, no que diz respeito às obras públicas, admitem que a administração do General Agustín Pedro Justo foi marcante. Anteriormente, só encontra comparativo nos governos liberais das últimas décadas do século XIX, em especial nos mandatos do General Alejo Julio Argentino Roca Paz (1843-1914), a primeira entre 12 de outubro de 1880 a 12 de outubro de 1886, e a segunda entre 1898 e 1904. Depois de Justo, são lembradas as duas primeiras administrações do general Juan Domingo Perón (1895-1974), que transcorreram nos nove anos e cento e nove dias, entre 4 de junho de 1946 a 21 de setembro de 1955.
No período em que o General Justo foi presidente do país, foi eleito governador da Província de Buenos Aires o médico Manuel Antonio Justo Pastor Pascual Fresco (1888-1971), que governou de 18 de fevereiro de 1936 a 7 de março de 1940. Consta que exatamente entre 1936 e 1940, Francisco Salamone produziu mais de sessenta construções municipais no estilo Art Déco, em 25 comunidades rurais nos pampas, dentro da província de Buenos Aires. Estas construções são vistas como as primeiras manifestações modernas na argentina rural.
Juan Ignacio Ruffa diz que Manuel Fresco governou a província com a ideia de implantar “uma nova ordem social, materializada em construções monumentais em mais de quinze municípios da província de Buenos Aires, impondo um novo estilo arquitetônico, como resposta à arquitetura liberal nos edifícios públicos” (RUFFA, 2013, p. 31). Seu intento era o de conter o nomadismo que impedia que as povoações crescessem. De arraigar o homem à terra. Dizia no seu discurso: “Aqui vocês têm trabalho, um lugar onde enterrar seus mortos e alguém mais, o Estado, que os cuidará”. Para tanto, priorizou a construção de palácios municipais (para marcar a presença do Estado forte), matadouros modelos municipais e mercados (para fornecer trabalho e alimento), praças públicas (para recreação), escolas e cemitérios (para ressaltar a religiosidade e contribuir na fixação do homem à terra). Programas que enfatizavam o simbólico na ótica da propaganda paternalista fascista. Coube a Salamone materializar as obras no interior da província, espraiando edificações e espaços públicos com este intento. Ruffa escreve que se dizia que “No se mueve un ladrillo sin que lo diga Bustillo” e que “Lo que Fresco dispone, lo construye Salamone” (Idem, p. 31). Estas duas frases evidenciam o papel desempenhado pelos dois arquitetos que ficaram com seus os nomes vinculados ao governo provincial. Alejandro Bustillo (1889-1982), um ardoroso classicista, responsável pela transformação da frente marítima da cidade de Mar del Plata e Salamone espraiando obras especialmente no estilo Art Déco, pelo interior da província. O paternalismo de Fresco inspiraria posteriormente o Peronismo que procuraria se perpetuar na política argentina.
Não há a pretensão em abordar neste artigo toda a produção de Salamone, mas de chamar a atenção do leitor sobre as mais significativas realizações do arquiteto na época em que o doutor Manuel Fresco governou, e que é considerada uma das melhores que a Província de Buenos Aires teve. Só é comparável com a dele a administração do coronel Domingo Mercante (1898-1976), de 1946 a 1952, quando Perón era o presidente da nação.
Antes de abordar a arquitetura de Salamone, é necessário lembrar que na América Latina, a arquitetura moderna não foi uma causa, como na Europa, mas um estilo a mais que chegava para colocar a região no espírito da época. Alberto Petrina lembra que “nossa temporânea Arquitetura Moderna de 30 propõe uma simbiose que inclui como ingrediente básico uma ordem compositiva de origem academicista. Sobre a denominada estrutura ‘óssea’ ficam expostas as diversas opções – estilos – da carnadura ou vestimenta: esta pode adotar a metafórica iconografia do estilo náutico francês, a estrita precisão do Funcionalismo ou do Expressionismo alemães, ou o acento estimulante do Art Déco (que, por sua vez, pode ser de raiz estado-unidense, francesa ou centro-europeia). As vezes prevalece uma destas estéticas, e outras se produz a interação de duas ou mais delas; neste último caso, o caráter final exibido por cada obra reside os diversos graus de ‘saturação’ que alcança a mistura. Porém, em qualquer caso, o resultado sempre estará tingido de audaz heterodoxia, conformando uma maniera própria que não reconhece paralelos nem descendência” (Petrina, 2002, p. 148-149).
Este autor destaca que Francisco Salamone e Alejandro Virasoro (1892-1978) foram os maiores expoentes do estilo Art Déco no país. Se poderia incluir também os irmãos húngaros Andrés Kálnay (1893-1982) e Jorge Kálnay (1894-1957), mas de forma alguma se encontra similitudes em suas obras. Na obra de Salamone, encontra-se notórias e plurais influências. Certamente o Art Déco estado-unidense foi decisiva (tanto na vertente hollywoodiana quanto do streamline, que a aproxima das formas expressionistas alemãs).
Ruffa lembra do sucesso de Metrópolis (1927), de Fritz Lang (1890-1976), desde a sua estreia em Buenos Aires, em 6 de maio de 1928. O diretor e crítico Leopoldo Torres Ríos (1899-1960) procurou descrever seu impacto, exagerando ao dizer que toda a Buenos Aires falava de Metrópolis, mas salientou um aspecto importante, de que “O espectador perde o controle tratando descrever na mente ou dar uma ideia sobre sua estupenda cenografia”. Lembra Ruffa que vários autores falam da influência dos cenários futuristas do filme na arquitetura de Francisco Salamone. Diz ele que “Salamone deve ter assistido à estreia ou às semanas seguintes, pois sua arquitetura apresenta características e semelhanças com a de Lang, desde o formal e também desde o ideológico (…) o diretor de Metrópolis, que procurou materializar as ideias que Sant’Elia não pode tirar do papel”. Lembrou ele estas palavras de Luis Buñuel (1900-1983): “o cinema servirá de fiel intérprete aos sonhos mais atrevidos da arquitetura”. Impossível não reconhecer a estética futurista na obra de Salamone.
Salamone, na Província de Buenos Aires, deixou obras que dão identidade aos povoados em que foram implantados. Dos Palácios Municipais (sedes de prefeituras) que realizou, salientam-se os de Adolfo Gonzales Chaves (1938), Alberti (1937), e de Carhué (1937), pela implantação em esquinas. Todos em linguagem Art Déco geometrizado, mas lembrando formas futuristas do italiano Antonio Sant’Elia (1888-1916). Os demais, de Carlos Pellegrini (1937), Coronel Pringles (1937), Laprida (1936), Rauch (1936), Tornquist (1937) e Vedia (1937), isolados no lote, com composição centralizada onde o destaque também é a torre do relógio, fazendo alusão à tipologia tradicional do palácio municipal forjada na idade média e no renascimento. Estes também têm forte referencial no Art Déco geometrizado, com influências futuristas. Diferente é o Palácio Municipal de Guaminí (1937), pela linguagem expressionista alemã, à Erich Mendelsohn (1887-1953), lembrando, principalmente pela sua torre centralizada com formas curvilíneas, a Torre Einstein (1917-1921) deste arquiteto alemão, em Potsdam. Diferente de todos é o Palácio Municipal de Guaminí, pela linguagem neocolonial. Tal escolha deve ter sido para adequar-se a uma povoação com fortes referenciais urbanos do século XIX. Na arquitetura monumental dos palácios municipais, a força de sua arquitetura estava na monumentalidade das suas torres com relógio, elemento vertical que se impunha na planura pampeana.
Nos matadouros, edifícios industriais, a funcionalidade foi a tônica principal. Situados nas áreas periféricas das povoações, tinham que atender as necessidades da desagradável, mas essencial atividade. Alguns, maiores, além da torre na qual eram colocados os reservatórios de água, tinham outra para atender o aproveitamento dos restos dos animais. É o caso do Matadouro Municipal de Coronel Pringles (1937). Estas torres-tanque, destacavam a edificação na paisagem, ao mesmo tempo que ofereciam o simbolismo necessário para dignificar o local de trabalho, recebendo um tratamento quase escultórico. Do ponto de vista da envolvente, a linguagem Art Déco geometrizada predomina. Dos remanescentes, merecem menção, além do já citado, os matadouros municipais de Azul (1938), Balcarce (1937), Salliqueló (1938) e Laprida (1937). No Matadouro Municipal Modelo de Guaminí (1937), destacam-se as formas curvilíneas da torre, procurando estabelecer de certa maneira uma relação com o palácio municipal da mesma cidade.
Nas povoações que receberam obras de Salamone na Província de Córdoba, os cemitérios também merecem atenção especial. Impressionam pela monumentalidade de seus pórticos, em especial os dos cemitérios de Azul (1938), com uma estilizada figura de um anjo justiceiro antecedendo a entrada, de Laprida (1936), onde predomina uma gigantesca imagem de Cristo crucificado, e de Saldungaray (1937) [foto da capa], no qual, o portão de acesso é encimado por um crucifixo que suporta apenas a cabeça de Cristo, algo encontrado nas cruzes atriais dos primeiros conventos implantados logo após a conquista do México, no século XVI. Nos três casos, são impressionantes as inserções destas figuras, se sobrepondo ao fundo no Estilo Art Déco.
Dentre as praças projetadas pelo arquiteto, preservam-se, a Plaza Juan Pascual Pringles (1937), que envolve o Palácio Municipal de Coronel Pringles, a Plaza Pedro Pereyra (1936), na frente do Palácio Municipal de Laprida, a Plaza General San Martín (1937), em Azul, e a Plaza Libertad, em Balcarce (1936). Nelas, além de preservar com certa integralidade os seus traçados, são encontrados mobiliários urbanos de grande qualidade, concebidos pelo próprio Salamone.
Por estas obras indicadas ao leitor nas rápidas pinceladas aqui desenvolvidas, é possível ver a importância da obra de Francisco Salamone, que certamente o coloca entre os mais destacados profissionais que atuaram especialmente na década de 1930, na América Latina. Notadamente os portais dos três cemitérios citados, são ímpares na arquitetura continental. Salamone faleceu em Buenos Aires, em 8 de agosto de 1959.
BIBLIOGRAFIA:
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LONGONI, René & MOLTENI, Juan Carlos. Francisco Salamone. Buenos Aires: Arte Grafico Editorial Argentino S. A., Maestros de la arquitectura argentina 5, 1ª ed., 2014.
NANNI, Martha. “Encuentros em Buenos Aires. Aproximaciones a la figuración en el arte argentino, 1927-1937”, en Arte de Argentina. Argentina 1920-1994 (Catalogo de la exposición homónima realizada en el Museum of Modern Art, Oxford, y – entre otros sitios – en el Centro Borges, Buenos Aires. Oxford-Buenos Aires, 1994-1995.
PETRINA, Alberto. La arquitectura del Estado en la provincia de Buenos Aires (1930-1945): apuntes para un análisis crítico y estilístico. In: Temas de la Academia: El sentido de la arquitectura. Buenos Aires: Academia Nacional de Bellas Artes, tomo nº 3, Agosto de 2002, p. 135 a 161.
RUFFA, Juan Ignacio. Francisco Salamon: cine y eugenesia en la obra pública bonaerense. Sociedad Central de Arquitectos. Buenos Aires: Diseño, Personajes del siglo XX en la arquitectura y el diseño / Julio Valentino 2, 1ª ed., 2013.