“Te amando como eu te amo
Loving you the way I do
Eu sei que vamos conseguir
I know we are gonna make it through
E eu iria até os confins da terra.
And I would go to the ends of the earth.”
Qual som te acompanha nos caminhos da vida? Para mim, a música é a alma.
Ela potencializa o sentir, trazendo clareza às emoções e se faz presente tanto nos momentos bons quanto nos desafiadores. É conforto para o coração e um lembrete de como a vida pode ser bela em detalhes singelos, como assistir à trilha de uma série querida ao lado da minha filha.
Em outros momentos, a música traz força. Ela nos impulsiona a continuar de cabeça erguida, mesmo diante das adversidades, quando tudo parece perdido, mas a fé persiste – como canta Thiaguinho, na canção “Em Busca Da Minha Sorte”.
Na minha trilha de 2024, entre as mais tocadas estão Nação Zumbi, BaianaSystem, Thiaguinho, Madonna, Maria Rita, Beyoncé, Natiruts, Gilsons e muitos outros.
Há músicas para meditar, estudar, trabalhar, viajar de ônibus, carro ou avião. Músicas para rezar ou dançar até o chão. Há aquelas para cantar a plenos pulmões ou simplesmente tamborilar com os dedos na mesa.
E não é só de música que vive essa trilha. Conversas profundas e debates importantes também marcaram o ano. Entre as vozes que me acompanharam estiveram as do Podpah, com humor, saberes e curiosidades. E quem nunca deu boas risadas com o humor ácido e irreverente da Bruna Louise em algum reel perdeu a chance de apoiar mulheres na comédia.
Para além dos fones de ouvido, 2024 foi o ano em que, após três tentativas frustradas, finalmente assisti ao show AmarELO, do Emicida. E que experiência mágica foi! Cantar, pular e vibrar tão alto que esqueci por um momento que aquele era o último show da turnê – uma turnê que nos acompanhou em dias infinitos de pandemia e também em momentos de alegria. Afinal, como diz o sample de Belchior na música: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”. Agradeço imensamente ao Emicida por trazer essa referência em tempos tão desafiadores.
Quatro anos após o auge da pandemia, outra tragédia nos abalou: as enchentes no Rio Grande do Sul. Mas a música, novamente, se fez presente. Ela nos ajudou a reconstruir, a lembrar ao Brasil que as façanhas de nosso povo podem, sim, servir de modelo a toda a Terra. Com garra, solidariedade e resiliência, mostramos que “tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis”, como bem lembra Principia.
E então veio o silêncio. Para mim, o silêncio também é uma trilha sonora – um espaço para os pensamentos e sentimentos, para reflexão e clareza. É um momento de pausa, de limpeza interna, de busca pelo que faz o coração vibrar.
No final do ano, quando o cansaço começa a pesar, Liniker lançou um álbum que trouxe conforto, um verdadeiro abraço para a alma. Suas músicas cantam o amor-próprio, iluminam dias cinzentos, aquecem o coração e salvam os domingos. Lembrando-nos que o amor é tudo.
Que possamos guardar 2024 como um ano de aprendizados, momentos felizes e união. E que 2025 nos traga novos sons e novos começos.
Seja bem-vindo, 2025! Estou pronta para descobrir mais trilhas.
Raquel Santos (@raqsantos) – Profissional multiplural, técnica em Administração com ênfase em TI, graduanda em Marketing, mentora empresarial, gestora de projetos e Marketing Digital, corretora de Imóveis e membro da Odabá – Associação de Afroempreendedorismo. Mãe da Camille, filha do Tino e da Irene, irmã do Rodrigo e do Rogério.
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