O momento é de muita emoção e alegria. Desde que meu livro ficou pronto, o desejo de lançar na Bahia pulsou forte. E o estímulo do primo Júlio César Martins foi fundamental.
No dia 14 passado, escrevi aqui que: “Foi no início dos anos 1970 que comecei a entender a riqueza da diferença. Sempre fui carnavalesca, da pré-adolescência no salão da Sociedade Cruzeiro em São Francisco de Paula, ao som das marchinhas tradicionais das bandas do interior, até a Praça Castro Alves, atrás dos trios elétricos e blocos que inundavam de alegria as ruas da capital baiana. Uma celebração contagiante no meio da multidão e um desejo ainda inconsciente de celebrar a vida em um país digno, que olhasse para a diversidade da sua gente”.
Foi na Bahia, portanto, que tomei contato com a diversidade, sem conhecer a palavra. Com o andar da vida, acabei me tornando uma lutadora por acessibilidade e inclusão. E depois da morte da minha irmã Marlene, passei a escrever como um ato de resistência. “Não queremos atrapalhar o trânsito ‘feito um pacote tímido’. Queremos parar o trânsito para que nos olhem como seres humanos com direito à vida plena”, escrevi ma primeira edição do livro.
Eu precisava realizar o nosso sonho de escrever um livro sobre diferença e o preconceito que ronda as pessoas diferentes. Realizei e a trajetória do livro me surpreendeu muito, positivamente. E o lançamento no Restaurante Mar Aberto, em Arembepe, no dia 24 de janeiro, foi lindo. Um entardecer de autógrafos, bons encontros e boas conversas, acompanhado de muito afeto e brindes. Só tenho a agradecer aos amigos baianos e à família que me acompanha e não me deixa desistir. E quando falo de família, falo da família do mundo, biológica e não biológica.
Na agenda, uma entrevista na Band Bahia ontem, 27 (veja a entrevista aqui, no minuto 22:36). E o lançamento na quarta, dia 29, na Livraria LDM, no Shopping Paseo, das 18h às 20h.
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Foto da capa: Acervo da Autora