O mês de maio de 2024 ficará marcado como um período de imensa dor para o povo do Rio Grande do Sul. As enchentes que devastaram cidades inteiras, destruíram casas e ceifaram vidas evidenciaram que as catástrofes ambientais não são mais um risco distante; elas são uma realidade presente. Enquanto ações governamentais são cruciais, nós, como cidadãos, também temos uma responsabilidade inegável em prevenir que tragédias como esta se repitam.
O primeiro passo é reconhecer que as nossas escolhas individuais impactam o meio ambiente. Pequenos atos diários, como a separação adequada do lixo e a redução do consumo de plásticos descartáveis, têm um efeito cumulativo significativo. Além disso, devemos apoiar iniciativas que promovam a reciclagem e a reutilização de materiais em nossas comunidades. Cidades que investem em programas de educação ambiental tendem a enfrentar menos problemas relacionados ao descarte inadequado de resíduos.
É imprescindível que cobremos das lideranças públicas medidas preventivas concretas. A construção de infraestrutura resiliente, como sistemas de drenagem eficientes e a recuperação de áreas de preservação permanente, deve ser prioridade. Também é nosso dever fiscalizar e denunciar irregularidades, como o desmatamento ilegal e a ocupação desordenada de áreas de risco.
Como consumidores, podemos estimular o mercado a adotar práticas mais sustentáveis. Prefira empresas que investem em responsabilidade socioambiental e busque alternativas para produtos que impactem menos o meio ambiente. Adotar o consumo consciente é uma forma poderosa de influenciar mudanças no comportamento das empresas.
As enchentes também mostraram a força da solidariedade gaúcha. Projetos comunitários e redes de voluntariado são essenciais para a prevenção e mitigação de desastres. Participar dessas iniciativas fortalece o tecido social e cria um senso coletivo de responsabilidade.
Finalmente, precisamos investir em educação. Escolas podem ser agentes transformadores, ensinando às novas gerações a importância da preservação ambiental e da sustentabilidade. Somente com uma cultura baseada no respeito ao meio ambiente conseguiremos evitar novas tragédias.
Evitar um novo maio de 2024 é uma missão coletiva. Requer ação de todos: governo, setor privado e, acima de tudo, nós, cidadãos. Ao mudarmos nossos hábitos e exigirmos compromissos reais de quem nos representa, estaremos construindo um futuro mais seguro e sustentável para o Rio Grande do Sul e para o mundo. Que as lições aprendidas com esta tragédia sirvam como um alerta e um convite à transformação. O momento de agir é agora!
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Foto da Capa: Ricardo Stuckert / PR / Wikipedia