O Inter jogou durante 35 minutos em São Paulo, neste domingo, contra o Palmeiras. E foi insuficiente. Mesmo depois de reagir e chegar ao empate, voltou a falhar defensivamente e perdeu por 2 x 1. A derrota distancia o time do líder Palmeiras, agora 9 pontos à frente, a torna a possibilidade de título bastante improvável.
O primeiro tempo da equipe de Mano Menezes foi constrangedor. O Palmeiras terminou com vantagem parcial por um gol, mas, de fato, merecia muito mais. Foi soberano em campo, dominou as ações, encurralou o time colorado, que nem luta mostrou em campo. Mano deveria ter mexido já na primeira etapa, mas esperou pelo intervalo. Com duas trocas, e especialmente o ingresso do incansável atacante Alemão, reagiu. Criou oportunidades, chegou a empatar a partida, e quando o Palmeiras dava sinais de cansaço chegou ao gol da vitória. A defesa colorada voltou a falhar. O resultado foi justo: o Inter jogou por apenas 35 minutos, tempo insuficiente para segurar um time tão competitivo como este treinado pelo competente português Abel Ferreira.
No próximo domingo, o Inter precisa reação: recebe o Atlético Mineiro, no Beira-Rio, e só a vitória é satisfatória.
Roger, acusou o golpe das vaias!
Apesar da vitória sobre a Ponte Preta por 2 x 1 e a consequente vice-liderança na tabela da Série B, o técnico do Grêmio ficou desconfortável com as vaias recebidas, antes do jogo, tanto quanto seu nome foi anunciado quanto quando entrou em direção à casamata. Foi uma reação natural da torcida, que lotou a Arena, e esperava Lucas Leiva como titular.
Na entrevista coletiva, após a partida, o treinador preferiu atacar aqueles que o criticaram por ter colocado Lucas Leiva na reserva: “Houve deslealdade”, disse Roger, escancarando sua falta de preparo para receber críticas. No episódio, subestimou a capacidade dos torcedores do clube, que queriam Lucas Leiva na equipe – e não somente a partir dos 14 minutos do segundo tempo, quando o volante entrou em campo.
O episódio revela um treinador acuado, descontrolado, que não tem capacidade de conviver com o divergente. Nada mais óbvio e natural que a imprensa pedir a escalação de determinado jogador e pressionar o técnico. Funciona assim há décadas em clubes do Brasil, da Europa e em seleções mundo afora. Mas Roger pensa que está acima deste tipo de pressão.
E perdeu completamente o equilíbrio. Não aceita que jornalistas e torcedores pensem diferente de sua forma de agir. Não era o momento para este tipo de desequilíbrio. O Grêmio se encaminha para garantir vaga na primeira divisão, ainda que o futebol sobre a Ponte Preta não tenha sido exuberante. Mas ganhou, por 2 x1, e na combinação de resultado chegou ao importante segundo lugar, atrás apenas do Cruzeiro.
Roger preferiu atacar, em vez de celebrar a vice-liderança. Mostrou falta de bagagem e não teve coragem nem mesmo para dar nome a estes que, segundo ele, foram desleais. Uma postura decepcionante e ao mesmo tempo arrogante.
Nesta terça, o Grêmio encara a Chapecoense, fora de casa.