Você conhece o livro “A estratégia do Oceano Azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante”? Renee Mauborgne e W. Chan Kim defendem a ideia de que, em um mercado saturado, onde a competição entre empresas se assemelha a batalhas em mares escassos, a estratégia do Oceano Azul se mostra como uma abordagem audaciosa: criar seu próprio território, ainda não descoberto.
Paralelamente, as estratégias de Diversidade e Inclusão (D&I) emergem no cenário empresarial como uma responsabilidade social, mas que pode ser encarada como uma via para criar um oceano exclusivo e farto.
Ao unir essas duas abordagens, as empresas têm a oportunidade de atender a um público frequentemente esquecido pelo mercado tradicional. Ao invés de buscar o padrão convencional de corpo, comportamento ou ideias, as empresas podem prosperar ao criar produtos e serviços diferenciados, que atendam nichos específicos que são invisíveis para a maioria, os chamados grupos minorizados.
A inovação, central tanto no Oceano Azul quanto na D&I, ganha um novo significado quando direcionada para esse público negligenciado. Ao entender as nuances da diversidade, as empresas ganham acesso a uma variedade de perspectivas, estimulando a criatividade e a inovação em produtos e serviços que atendem diretamente às necessidades desse nicho específico.
A compreensão profunda do cliente, ponto-chave na estratégia do Oceano Azul, ganha uma nova dimensão. A D&I, ao promover representatividade, amplia seu entendimento sobre as necessidades e expectativas de grupos muitas vezes esquecidos, permitindo que as empresas se conectem de maneira autêntica.
Mais do que simplesmente criar produtos, a colaboração e harmonia, promovidas por ambas as estratégias, tornam-se ferramentas essenciais para entender e atender seu público. O trabalho em equipe, facilitado por ambientes inclusivos, aumenta a eficácia na criação de soluções que realmente ressoam e fazem a diferença na vida das pessoas.
Ao criar um mercado para aqueles que não se encaixam nos padrões convencionais, as empresas adotam uma postura menos competitiva e mais colaborativa. Em vez de batalhar em mares cheios, estão navegando em águas tranquila, construindo um nicho que representa uma oportunidade de crescimento significativo.
Essa abordagem fortalece a resiliência da empresa, tornando-a mais adaptável às mudanças, além de contribui para uma sociedade mais justa e inclusiva, desencadeando um impacto social positivo.
Portanto, ao integrar as estratégias do Oceano Azul com a D&I, as empresas ampliam seu leque de oportunidades e moldam um futuro em que a inclusão não é apenas uma opção, mas uma necessidade fundamental para o sucesso da empresa.
Daniele Malafronte é fundadora da Diversidade Importa, especialista em gestão de negócios, com MBA em Gestão de Pessoas e Resultados. Minha missão é promover ambientes humanizados, respeitosos e inovadores, valorizando as diferenças e potencializando talentos. Email, Linkedin.