A partir de hoje, a Sler ganha uma nova seção, eBooks, que as leitoras e os leitores poderão encontrar sempre no menu superior do site. A proposta é oferecer mais conteúdos relevantes, sempre escritos, mas em outros formatos também, como são os ebooks.
E o ebook de estreia é fruto da parceria da Sler com a Longevida – Consultoria em Longevidade, focando num dos preconceitos mais invisibilizados da sociedade, o preconceito por idade.
Ele é um preconceito universal porque atinge todas as pessoas em determinado momento das suas vidas independente de gênero, raça, religião ou qualquer outro recorte que se faça. E silencioso porque quem pratica não tem consciência e quem sofre não reclama. E o que será das pessoas mais velhas e da sociedade se é sabido que o envelhecimento populacional é irreversível?
Para citar apenas um exemplo, no trabalho, as pessoas começam a ser empurradas para fora do mercado a partir dos 40 anos de idade. Com uma expectativa de vida beirando aos 80 anos, cada cidadão terá trabalhado plenamente apenas durante 20 anos de sua vida.
De outro lado, a população 60+ já representa 14% da população brasileira, ou seja, mais de 30 milhões de pessoas. E esse número só tende a crescer. Em estados como o Rio Grande do Sul, a população 60+ já é maior do que a população de zero a 14 anos.
Se já conseguimos, como sociedade, obter conquistas e ampliar o espaço de debate sobre o racismo, sobre os direitos LGBTQIA+, sobre PCDs e outros, o preconceito por idade ainda é normalizado entre nós. O tanto é que as próprias pessoas mais velhas têm o preconceito internalizado e passam a aceitar a condição de cidadãos de segunda categoria e incapazes. E cada um de nós, que passou eliminar expressões racistas, homofóbicas e outras do seu repertório, mantêm e repete sem constrangimento expressões idadistas.
O tema é bastante longo e complexo. Aqui na Sler, nossos/as colunistas têm abordado o tema e a continuarão a fazê-lo.
O ebook Glossário Coletivo de Enfrentamento ao Idadismo, construído pela Longevida, com expressões preconceituosas recolhidas de diversas regiões do Brasil, é um bom começo para quem quer corrigir e eliminar esse gap cultural da sua história.
Boa leitura. Acesse o ebook por AQUI.