Eu quero usar esta coluna para desejar a você, amigo leitor, que este Natal e a virada de ano sejam eventos marcantes nas nossas vidas, momentos de muita empatia, compaixão e de celebrarmos por termos sobrevivido estes últimos conturbados anos. Ainda estamos vivendo uma pandemia, mas em condições muito melhores dos que vivemos no final dos anos de 2020 e 2021. Temos a chance que 692 mil pessoas não tiveram, de estar vivos para abraçar os amigos e os familiares.
Sei que estas datas possuem significados diferentes para cada um, mas acredito que elas tocam a todos nós. Não acredito que, na cultura ocidental, o Natal e a noite de 31 de dezembro passem despercebidos para alguém. Final de ano é uma época de festas com uma atmosfera de fraternidade, muito diferente das festas de carnaval, onde o clima é de satisfação de desejos. Eu já passei um Natal em Istambul, na Turquia, onde não havia sinais de Natal e este dia foi muito triste, sem os símbolos que fazem parte do ritual natalino.
Para mim não importa se o Natal não conste na Bíblia e se a data do nascimento de Cristo mudou seis vezes antes do Papa e o Rei de Roma, no ano de 354 DC, atribuírem que ele nasceu em 24 de dezembro. Eu sei que o Papai Noel, como é hoje, foi uma criação da Coca-Cola e que esta se tornou uma data comercial. Sei também que o primeiro de janeiro de 2023 será igual ao 31 de dezembro de 2022, mas isto não impede que eu me emocione com as mensagens que recebo dos amigos. Encho o meu coração de alegria ao desejar coisas boas para outras pessoas e, sobretudo, de ser um momento de reflexão sobre “o que fiz durante este ano?”.
A escolha é nossa, podemos fazer destes momentos apenas um ritual vazio ou cheios de alegria e de esperanças. Por que não agradecer por estarmos rodeados de pessoas queridas? Por que não desejar que o 2023 seja o melhor ano das nossas vidas? A alegria do Natal e a esperança de um 2023 melhor estão dentro de cada um de nós, não depende das condições externas. Se você acredita em Deus, peça a sua proteção. Se não acredita, confie na sua força interior e na sua capacidade de fazer o bem. Se a situação financeira, relacionamentos ou a saúde não está boa, faça alguma coisa e confie que vai melhorar. Lembre-se que sempre podemos fazer alguma coisa por alguém.
Nós sabemos que a natureza funciona em ciclos. Existe o momento certo para plantar e para colher. Animais hibernam, algumas árvores perdem as folhas para depois voltarem a florir. A vida também se renova entre nós. Em vez de cumprir rituais confiando na sorte, melhor pedir força à Deus para que, quando os obstáculos aparecerem, e eles vão aparecer, que possamos superá-los. Estabeleça metas e faça o que depende de você para que elas se concretizem.
Rossandro Klinjey pergunta: qual o presente que eu posso dar para o aniversariante deste 24 de dezembro? Ele responde dizendo que o melhor presente que podemos dar a Jesus é se amar, se respeitar e se perdoar. Que este Natal seja um momento de reflexão, de expansão da nossa consciência espiritual e da nossa força interior e, que ao final de 2023, possamos celebrar que “a guerra acabou”, entre países e entre nós, como canta John Lennon em Happy Xmas (War is over, if you want it.) Que tenhamos muitos encontros felizes no próximo ano.
Referência:
Rossandro Klinjey – Qual o presente que posso dá a Jesus?