Em uma sociedade cada vez mais dinâmica e exigente, os feriados representam uma pausa necessária em nossas rotinas agitadas. Esses dias especiais são aguardados por muitos, ansiosos por um merecido descanso, momentos de lazer e, claro, para celebrar datas significativas. No entanto, quando olhamos para o panorama do ponto de vista de um administrador, a dualidade entre ter um dia a menos de trabalho para a empresa e gerenciar a equipe durante essas ocasiões torna-se uma questão complexa.
Não há como negar que, para o administrador, os feriados podem representar um desafio em termos de gestão de pessoas. Com um número menor de dias úteis em determinado período, os prazos podem se tornar mais apertados, o trabalho acumulado pode aumentar e a pressão para atingir metas e objetivos pode se intensificar. Além disso, o planejamento se torna crucial para garantir que as atividades sejam executadas dentro dos prazos estabelecidos.
Os feriados, especialmente quando ocorrem no meio da semana, também podem “quebrar o ritmo” das empresas. A interrupção repentina das atividades pode resultar em uma perda de produtividade, pois a equipe precisa retomar o ritmo de trabalho após o feriado. Essa quebra pode ser prejudicial, principalmente em setores que dependem de processos contínuos e da fluidez nas operações.
Para evitar essas “quebras de ritmo”, é válido considerar medidas que conciliam as necessidades dos colaboradores e da empresa. Nesse sentido, é importante lembrar da antiga lei sancionada pelo então presidente José Sarney, em 1985, que estabelecia que parte dos feriados fosse celebrada na segunda-feira. Essa medida visava justamente evitar as interrupções no meio da semana, mantendo a continuidade das atividades produtivas. Embora tenha passado por modificações e tenha sido revogada em 1990 pelo ex-presidente Fernando Collor, essa abordagem pode ser reconsiderada para minimizar os impactos negativos dos feriados no fluxo de trabalho das empresas.
Além dos desafios enfrentados pelos administradores, os feriados também podem trazer benefícios significativos para as empresas, especialmente para aquelas que precisam manter seu funcionamento. A demanda por serviços e produtos pode aumentar durante esses períodos, criando oportunidades de emprego adicionais e estimulando o crescimento econômico. Os feriados se tornam momentos propícios para a geração de empregos temporários, abrindo portas para aqueles que estão em busca de oportunidades de trabalho.
Cabe ao administrador encontrar o equilíbrio entre os interesses da empresa e o bem-estar da equipe durante os feriados. É essencial promover um diálogo aberto com os colaboradores, compreendendo suas necessidades e expectativas. O planejamento estratégico desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo antecipar os impactos dos feriados no fluxo de trabalho, distribuir tarefas de forma adequada e evitar sobrecargas excessivas.
Portanto, concluímos que os feriados são uma dualidade para o administrador. Embora representem um desafio em termos de gestão de pessoas, prazos e “quebras de ritmo”, também trazem benefícios para a equipe e abrem portas para oportunidades de emprego. A chave está em encontrar um equilíbrio entre esses aspectos, promovendo uma cultura organizacional que valorize tanto o desempenho quanto o bem-estar dos colaboradores. Com planejamento estratégico, diálogo e flexibilidade, é possível transformar os feriados em momentos de crescimento e fortalecimento do negócio.
Pense nisso!
Foto da Capa: Yan Krukau / Pexels