Destas coincidências do destino: o martírio do Grêmio na segunda divisão se encerrou novamente no Estádio dos Aflitos, em Recife, contra o Náutico. Desta vez sem aquele drama que permanece na memória, lá em 2005, de um time de sete jogadores em campo contra outro com dez. Ontem, até parecia um jogo de começo de temporada, num ritmo lento. O time da casa já rebaixado contra o time gremista cumprindo uma formalidade de confirmar seu retorno à primeira divisão.
E cumpriu. Sem jogar um bom futebol. Sem encantar. Sem deixar grandes expectativas para a próxima temporada. Mas cumpriu. Depois de inclusive ser ameaçado no primeiro tempo, o Grêmio venceu o jogo. Fez 3 x 0, com gols de Bitello e Lucas Leiva.
E muito mais nem é preciso se dizer deste jogo ruim, mas que confirmou o Grêmio na Série A em 2023.
E penso que isto é o mais importante a ser dito. Que Grêmio teremos em 2023?
Apesar de o Grêmio ter uma eleição pela frente não projeto tantas mudanças quanto a necessidade se impõe. Por exemplo, o sistema defensivo que entrou em campo ontem deve iniciar a temporada 2023: Brenno; Léo Gomes, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa – este último deverá disputar posição com o jovem Cuiabano. No meio-campo, apostem que Villasanti, Bitello e Lucas Leiva permanecerão. Mudanças mesmo no ataque. Thaciano estará no grupo em 2023, assim como Guilherme, que nada acrescentou, pelo menos neste seu primeiro ano de retorno. Mas a nova direção deverá contratar atacantes de lado, além de estudar a situação de Ferreira, que abriu cartão fidelidade no departamento médico na atual temporada. O Grêmio deverá buscar um armador e também um centroavante. Mas atenção! Se Renato continuar como técnico, não se descarte Diego Souza ao menos como opção no banco de reservas.
Todas estas definições começarão a partir de novembro, quando acontece em dois turnos (dias 3 e 12) a eleição para presidente do Grêmio. Odorico Roman ou Alberto Guerra, um deles comandará o clube pelos próximos três anos e terá a missão de uma ampla reformulação.
Inter tropeça e se distancia do líder
O Inter até reagiu depois de estar perdendo para o Coritiba, neste domingo, na capital paranaense. Chegou ao empate e, tivesse um tanto mais de ambição e capricho, chegaria à vitória. O placar de 1 x 1 fez a distância para o líder Palmeiras voltar aos dez pontos. Ou seja, se não é impossível, tornou-se mais improvável. O Inter mantém a vice-liderança na tabela e o pontinho conquistado em Curitiba, neste aspecto, foi importante. A temporada colorada vai terminar com vaga direta na Libertadores e esperanças para 2023. Nada mais do que isso.