O Inter foi goleado pelo Fortaleza, no começo da noite deste domingo, sem justificativas. Tomou 3 x 0 de um time que luta apenas pela permanência na primeira divisão. E mais: jogou por quase 70 minutos com um jogador a mais em campo. Um vexame que pode ter impactos também na Copa Sul-Americana. Na quinta-feira, no Beira-Rio, o Inter encara o Melgar, no jogo de volta das quartas-de-final. E precisa ganhar para seguir adiante.
Preciso reconhecer que Mano Menezes acertou em preservar os titulares e colocou uma equipe com oito reservas contra o Fortaleza. Mas nem isso atenua a atuação apática, desligada, completamente desfocada da equipe colorada. E diante de um adversário, que embora empurrado por quase 40 mil torcedores, segue no Z-4 do Campeonato Brasileiro. Para piorar, o Fortaleza teve o atacante Romarinho expulso aos 29 minutos do primeiro tempo. De nada serviu para o Inter tomar conta do jogo.
O Fortaleza construiu a goleada em cima de erros colorados. Até gol em assistência de cobrança de lateral a equipe da casa marcou. Mano Menezes chamou três titulares mais Taison, uma espécie de 12º jogador, no intervalo. Não deu certo. A apatia da equipe, a falta de vontade de um grupo que estava com a cabeça no jogo da próxima quinta-feira, foram mais fortes. O placar de 3 x 0 foi justo. Venceu o time que estava mobilizado e precisando do resultado A goleada sofrida pode ter consequências também na Sul-Americana.
Observem: estas consequências poderão até ser interessantes, se bem trabalhadas pelos dirigentes e comissão técnica. Uma derrota como esta em Fortaleza pode servir de alerta. Como um radar que sinaliza o perigo. O Inter precisa entender que o jogo da próxima quinta-feira não tem nada de fácil. O empate no primeiro jogo, no Peru, foi bom. Mas não há vantagem alguma; é preciso vencer o Melgar. E o time peruano, embora emergente no cenário sul-americano, tem qualidades e é bem treinado pelo argentino Pablo Lavallén.
Grêmio se aproxima da Série A
Roger conseguiu sua segunda vitória fora de casa nesta Série B: venceu o Guarani por 2 x 1, sem uma atuação brilhante. Mas teve progressos. Lucas Leiva e Villasanti foram protagonistas no meio-campo. Entrosados, deram uma consistência importante ao setor. Fica a impressão que eles serão o pilar desta retomada gremista no segundo turno. A bola aérea defensiva segue preocupando. Roger precisa estar atento. O Grêmio chegou a ocupar a vice-liderança, mas caiu para a terceira posição na combinação de resultados. A posição é confortável. Nesta terça, recebe o Operário na Arena para mais um passo rumo a Série A.