Nos dois artigos anteriores o leitor compreendeu como surgiu e como se estruturou a malha urbana de Montevidéu, e como foram tratados os seus espaços abertos na época da chamada “Cidade Liberal”. Se num primeiro momento, os projetos urbanísticos e arquitetônicos eram na sua quase totalidade elaborados por engenheiros militares [exceções foram o espanhol Tomás Toribio (1756-1810), o italiano Carlo Zucchi (1789-1849) e o suíço Bernardo Poncini (1814-1874), formado na península itálica, introdutores dos “Neoclassicismos Colonial e Republicano” (GAETA, 1996, p. 220-221)], após a independência do Uruguai (1829) e principalmente após a Guerra Grande ((1843-1851)), tal situação mudou. Começaram a chegar profissionais europeus, notadamente de procedência espanhola, francesa e italiana. No artigo anterior, especialmente no tratamento dos espaços verdes, foi visto que os franceses foram hegemônicos. Destacaram-se Édouard-François André (1840-1911), Pedro Antonio Margat (1806-1890), Jules Charles Thays (1849-1934), Charles Racine (1859-1935), seu irmão, Louis-Ernest Racine (1861-1903), e Édouard Gauthier (1855-1929). Agora o leitor é convidado a conhecer o contexto em que isto se deu e as arquiteturas promovidas no mesmo período.
O contexto
A América Latina queria ser Europa. Suas capitais e principais cidades queriam ser Paris. No final do século XIX e início do século XX, a hegemonia da cultura francesa, especialmente nas artes e literatura era evidente. A arquitetura não foi exceção, basta recorrer aos arquivos públicos e privados e à bibliografia existente para constatar que a influência não foi apenas de Paris e da sua École des Beaux-Arts, mas também da ação direta de profissionais locais que estudaram na Europa e dos profissionais europeus que aqui aportaram definitivamente. No Uruguai as presenças francesa, italiana e espanhola, predominaram também no campo da arquitetura.
O ensino de arquitetura no território uruguaio teve início neste período. Em 1885, foi criada a Faculdade de Matemáticas e Ramos Anexos, na qual ensinava-se tanto a engenharia civil como a arquitetura. Esta situação era comum naquela época. Inclusive a primeira agremiação de profissionais era única, a Associação de Engenheiros e Arquitetos do Uruguai (AIAU), criada em 1906. Os engenheiros viam a construção dos edifícios como uma tarefa eminentemente técnica separada em várias especialidades, na qual caberia ao arquiteto dar uma roupagem através da decoração. “Foi a geração de arquitetos nacionais nascidos entre 1875 e 1890, egressos entre 1900 e 1914, a que estabeleceu a ruptura com os engenheiros. Foram criados novos organismos gremiais e de ensino e se estabeleceu uma luta pelo reconhecimento do Estado e da sociedade da expertise do arquiteto com relação ao campo dos edifícios e, muito pouco tempo depois, do urbanismo” (MEDERO, 2018, p. 11). A confrontação entre as duas áreas teve início nos primeiros anos do século XX, tomando força entre 1910 e 1914. Em maio de 1914, foi criada a Sociedade de Arquitetos, e em novembro de 1915, a arquitetura se desmembraria da Faculdade de Matemáticas e Ramos Anexos, surgindo a Faculdade de Arquitetura (FA). Na nova instituição de ensino, de imediato despontaria a liderança sob o ponto de vista pedagógico, ideológico e doutrinário, do arquiteto francês Joseph Paul Adrien Carré (1870-1941), egresso da École des Beaux-Arts de Paris (1900), que veio para o Uruguai em 1907, onde se tornou o Catedrático do Atelier de Projetos e de Composição Decorativa.
“Os arquitetos viam a si próprios como os profissionais idôneos para manejar a composição e o caráter da obra, dois termos muito caros a todo o desenvolvimento da arquitetura acadêmica ocidental, especialmente a tradição beaux-arts” (Idem). Defendiam “a composição como método de fundir os aspectos artísticos, funcionais e técnicos em um todo coerente e o caráter como a expressão que surge deste amalgama. A arquitetura entendida como totalidade não era uma arte puramente expressiva dependente da personalidade do gênio, mas uma arte-ciência ou arte-técnica guiada por um método racional – a composição – perfeitamente transmissível. Não obstante, o método era o suficientemente flexível para dar espaço à expressão pessoal e os aspectos artísticos nunca foram deixados de lado ou colocados em um segundo plano pelos arquitetos da geração fundacional” (ibidem, p. 12).
Na medida em que foram ultrapassados os conflitos pelo poder após as suas independências, os países latino-americanos passaram a se transformar em importantes fornecedores de matéria prima e alimentos especialmente para a Europa e Estados Unidos. Esta inserção no mercado internacional possibilitou gerar os recursos que atraíram o interesse, em especial, de países como a Inglaterra e a França, que tinham promovido a Revolução Industrial, em expandir seus mercados. Assim, a construção de portos e ferrovias, a presença do telégrafo, o fornecimento de gás e eletricidade, por exemplo, contaram com tecnologias importadas destas nações, que contribuíram para a instalação do modelo europeu tão sonhado pelas elites locais. No caso do Uruguai, estes recursos – provenientes da exportação de carnes, couros e lãs -, também propiciaram algo que se espraiou pela América Latina, a aquisição da intitulada “Arquitetura do Ferro”, isto é, de perfis estruturais, laminados lisos ou prensados, componentes arquitetônicos, mobiliário urbano e principalmente edificações feitas de ferro fundido e/ou em aço, produzidos pela indústria dos países hegemônicos europeus. Possuindo um porto da importância que tinha o de Montevidéu, foi possível trazer estruturas que propiciaram construir mercados e a estação ferroviária.
A arquitetura do ferro
A lista das obras produzidas ou adquiridas em parte, no exterior, iniciará pelos mercados. O primeiro é o tradicional Mercado del Puerto (1865-1868), situado na região portuária, à Rua Pérez Castellano, entre a Rua Piedras e a Rambla 25 de Agosto. Foi o quarto mercado edificado até então, o primeiro com estrutura metálica. A estrutura de ferro que cobre a edificação, vinda de Liverpool (Inglaterra) foi realizada sob a responsabilidade do engenheiro R. Mesures, enquanto Eugenio Penot foi o autor dos volumes em alvenaria que definem as três faces voltadas para os logradouros citados.
O segundo em estrutura metálica foi o Mercado de la Abundancia (1904-1909), na Rua San José, nº 1312, esquina Rua Dr. Aquiles Lanza, na Cidade Nova (hoje Centro), de autoria do engenheiro Leopoldo Peluffo (um dos primeiros egressos da Faculdade de Matemáticas e Ramos Anexos). Substituiu um mercado que tinha sido construído em 1859 e que incendiou no final do século XIX, chamado Mercado del Este. A cidade se expandiu, e com isso a necessidade de descentralização do abastecimento. A edificação tem uma estrutura metálica com poucos pontos de apoio, definida por pilares de ferro fundido e treliças que permitem explorar amplos espaços internos. As fachadas em alvenaria ocultam esta estrutura, para se adequar aos cânones estéticos da época. Sua linguagem arquitetônica se enquadra dentro de uma expressão historicista na qual se mantêm certos elementos decorativos de inspiração clássica (CHEBATAROFF, 1990, p. 16). Recentemente a edificação passou por obras visando a modificação parcial de seu uso, incorporando o artesanato e a gastronomia no seu programa.
Pouco mais de meia década depois, foi inaugurado um mercado ainda maior, o Mercado Agrícola (1905-1915), no quarteirão entre as Ruas Ramón del Valle Inclán, Martín García, José L. Terra e Juan J. de Amézaga, em uma região onde estavam inicialmente os caminhos e estabelecimentos ligados ao abastecimento da cidade, e alguns dos principais bairros residenciais da época. O concurso público chamado pela municipalidade, foi vencido pelos arquitetos Antonio Vázquez e Sivio Genario (1875-?). Exigia-se que tivesse poucos apoios, em estrutura metálica, que possibilitasse inclusive acesso de veículos ao seu interior e que receberia grandes quantidade de produtos agrícolas. O “volume de planta retangular com o eixo longitudinal coincidindo com um dos eixos do quarteirão; se alineava assim o edifício sobre duas de suas ruas (as atuais Ramón del Valle Inclán e José L. Terra) e se produzia um recuo sobre as outras duas (GAETA, 1996, p. 91). O eixo longitudinal atendia aos veículos e o eixo transversal aos transeuntes. Os acessos foram colocados no eixo de simetria de cada fachada. Assim, a planta forma uma cruz e o espaço interior possui quatro quadrantes. A fachada é ritmada em sua modulação pela estrutura interna. Nos pórticos de acesso destaca-se uma decoração modernista (entenda-se Art Nouveau), característica daquele período. Recentemente a edificação também passou por obras visando a modificação parcial de seu uso.
Além dos mercados, Montevidéu construiu neste período, utilizando estrutura metálica, a sua estação ferroviária, denominada de Estación del Ferrocarril Central General Artigas (1893-1897), localizada na La Paz, nº 1095 (entre Paraguay e Río Negro), no bairro La Aguada. Seu autor é o engenheiro civil italiano piemontês Luigi Andreoni (1853-1936), formado na Escola Real de Aplicação de Turim e logo em Nápoles, que chegou em Montevidéu, em 1876, e logo ocupou cargos públicos, exerceu a docência e liderou vários empreendimentos. A estação, na época, tornou-se uma das portas de entrada da cidade, e mesmo do país, estrategicamente situada nas bordas da área central e próxima ao porto. Lembra as estações europeias do século XIX, possuindo uma envolvente externa cuja planta possui a forma de U, criando em seu interior o espaço ocupado pela gare (plataforma de embarque). Esta última recebe uma simples cobertura metálica que permite vencer o grande vão que abriga os trens, pessoas e cargas. O espaço da plataforma de embarque é envolvido por uma edificação em sólida alvenaria de tijolos que busca resolver a interface entre as duas partes. O autor vale-se da ordem colossal para solucionar o problema de escala entre as partes, usando pilastras adossadas, obtendo assim a proporção adequada entre elas e integra partes construtivo-tecnológicas diferentes. Um pórtico encimado por um relógio, faz a transição entre a gare e o corpo principal do edifício em alvenaria, onde encontram-se o hall, as bilheterias, escritórios e depósitos.
A linguagem externa da edificação, em especial a fachada principal, é eclética, predominando a maneira tardo renascentista, do século XVI, de influência de Sebastiano Serlio (1475-1554), com ênfase no variado tratamento dado aos rusticados, utilizados para definir as partes que compõem a mesma (REY, citado em NÓMADA, 3891). Rey diz que a fachada opera aqui como uma cortina, separando o grande espaço funcional da urbe, algo que remete ao Palazzo dela Ragione, também conhecido como Basilica de Vicenza (1549-1614), de Andrea Palladio (1508-1580). Por detrás da “cortina” encontra-se a “loggia” (galeria coberta que faz esta transição entre interior e exterior). Num primeiro plano há um corpo que avança com três arcos plenos, lembrando um arco triunfal, notabilizando o eixo de simetria do edifício e demarcando a entrada principal. Na cobertura, a presença de mansardas salienta ainda mais a percepção da linguagem eclética historicista adotada. O espírito positivista é enfatizado nas quatro esculturas situadas na arcada que antecede a galeria frontal. Lá estão as figuras de James Watt (1736-1819), George Stephenson (1781-1848), Alessandro Volta (1745-1827) e Denis Papin (1647-1713), em imagens orientadas à percepção e fruição coletiva, de um público mais amplo a se formar e “ensinar a ver” (Idem).
A arquitetura civil pública: linguagem classicista
A maior obra de arquitetura civil pública do período, inegavelmente foi o Palácio Legislativo (concurso, 1903; construção, 1908-1925), situado na Avenida de las Leyes, s/nº, La Aguada.
Construir uma sede para o parlamento uruguaio demandou enfrentar dois problemas: definir a sua implantação e a resolução formal para um estruturador urbano com forte carga semântica, por representar os valores democráticos da nação (GAETA, op. cit., p. 87). O local escolhido foi La Aguada, uma área que seria incorporada à Cidade Nova, em 1861, e da qual se teria fácil acesso ao centro e à Cidade Velha. Um concurso internacional foi levado a cabo em 1903, vencido pelo arquiteto italiano piemontês Vittorio Meano (1860-1904), radicado em Buenos Aires. No entanto, seu projeto original não foi realizado. Meano foi assassinado em 1º de junho de 1904. Consta que teria se graduado na Academia Albertina de Turim. Chegou em Buenos Aires em 1884, sendo contratado para trabalhar no atelier do arquiteto italiano Francesco Tamburini (1846-1891), que na época realizava algumas das obras mais importantes da capital portenha, como a ampliação da Casa Rosada e o Teatro Colón. Meano assumiu o projeto do novo teatro, com a morte de Tamburini, seguindo o projeto original que este deixara. Em 1895, foi encarregado de projetar o Congresso da Nação Argentina (1897-1906). Sua morte prematura o impediu de ver seus projetos edificados.
A localização atual foi estabelecida em 1907. Nela esteve envolvido Jacobo Vásquez Varela (1872-1954), o segundo formando do curso de arquitetura da Faculdade de Matemáticas e Ramos Anexos de Montevidéu (1898), que fez parte do corpo de jurados que escolheu o projeto de Meano. Coube a Varela adaptar o projeto vencedor ao local. No ano seguinte, a partir do projeto de Meano, deu-se início à construção da edificação. Mas só em 1913, o arquiteto italiano milanês Gaetano Moretti (1860-1938), formado na Academia di Brera (1883), foi chamado para finalizá-lo. Na oportunidade, Moretti propôs modificações no projeto original de Meano. Além disso, ele propôs um plano regulador para a praça da rua Agraciada, local onde veio a ser implantado o edifício, procurando gerar um marco urbano que se adequasse ao caráter da obra, ao mesmo tempo, que resolvesse o problema circulatório (GAETA, op. cit., p. 87). No plano constava a intenção de “criar em correspondência com a frente principal para a rua da Agraciada, um ponto de vista distante que permita abarcar o conjunto do edifício, independente dos limites fixados para a praça” (Revista Arquitetura, nº 40, página 34, citada por GAETA). A solução urbanística da proposta demonstra nítida influência da Paris do II Império (1853-1870), de Georges-Eugène Haussmann (1809-1891), notadamente a Avenida da Ópera (1864-1879).
A composição acadêmica do edifício é definida por dois eixos ortogonais. Ao adentrar o edifício, no eixo principal, um vestíbulo conduz ao encontro entre os eixos, onde se apresenta o corpo central, o grande hall, denominado de “sala de pasos perdidos”, com iluminação zenital. Adiante, seguindo no eixo principal, encontra-se a escadaria, e finalizando, ao fundo, o salão de refeições. O eixo secundário é menos enfatizado e vincula as duas câmaras de planta retangular (Câmara dos Representantes e Senado), com mobiliário organizado em hemiciclo. No projeto de Meano, os estrados das câmaras deveriam estar no mesmo sentido. Isto mudou na concepção final, sendo dispostas em sentido contrário. Com seus respectivos acessos porticados, se comunicam com a “sala de passos perdidos” através de antessalas. A distribuição é completada com quatro pátios e uma circulação perimetral que conduz aos locais secundários, elevadores e escadas (MOLINOS & SABUGO, 2004, p. 49). O prédio é simétrico e tem seu acesso definido por um pórtico de linguagem clássica, voltado para o eixo da Rua Agraciada, orientando a centralidade da sua leitura externa. Tal composição corresponde à linguagem eclética vinculada com a tradição clássica, representativa dos valores democráticos da república a qual simboliza (GAETA, op. cit., p. 87). O partido se assemelha ao Reichraths, o Parlamento (1874-1883), em Viena, de Theophil Edvard non Hansen (1813-1891). O tratamento externo, à maneira de Hansen, é simplificadamente neoclássico, com base e mais dois pavimentos, este de ordem jônica.
Em 1888, o empresário Emilio Reus iniciou a construção de um edifício no quarteirão definido pelas Ruas Piedras, Cerrito, Ingeniero Monteverde e Juan Lindolfo Cuestas, situado no sul da Cidade Velha, visando a instalação do Hotel Nacional (1888-1890), que se integraria a um complexo médico e de hidroterapia. O projeto do edifício foi concebido pelo arquiteto italiano ferrarense, Giovanni Tosi, conhecido no Uruguai por Juan Tosi, que chegou em 1885. A crise econômica de 1890 fez com que as obras fossem paralisadas e que posteriormente o prédio viesse a receber a sede da Universidad de la República, albergando também algumas de suas faculdades, como a de Matemáticas e Ramos Anexos, de Arquitetura, e finalmente a de Humanidades e Ciências.
A sede da Universidade permaneceria e utilizaria o prédio do Hotel Nacional por aproximadamente duas décadas. Na primeira década do século XX, decidiu-se construir um prédio próprio para o Edifício-Sede da Universidade da República e Faculdades de Direito e Comércio também conhecido como Casa Mayor de la Universidad (concurso, 1906; construção, 1906-1910), à Avenida 18 de Julio, nº 1824, Cordón. O prédio foi fruto de concurso público, vencido pelos arquitetos Juan María Aubriot (1876-1930) & Silvio Geranio. Ocupou um quarteirão do bairro Cordón, situado entre a Avenida 18 de Julio e ruas Eduardo Acevedo, Guayabo e Doctor Emilio Frugoni. Nas fachadas fronteira e posterior, o prédio foi recuado, garantindo um alargamento do espaço público. Nas laterais, segue o alinhamento da rua tradicional. A organização da planta seguiu as normas compositivas clássicas, dispostas por dois eixos de simetria, sendo o principal o definido pelo acesso principal, voltado para a Avenida 18 de Julho. Trata-se de uma construção perimetral com ampla galeria interior contínua, que é interceptada no seu eixo principal pelo volume que alberga as instalações onde se desenvolvem as funções hierarquicamente mais importantes. Desta forma são gerados dois grandes pátios internos retangulares, abertos, rodeados por galerias com arcadas dóricas e jônicas, lembrando claustros conventuais. Com esta disposição todas as salas se voltam para a rua ou para os pátios, resolvendo adequadamente as necessidades de ventilação e iluminação. A obra foi iniciada na administração do Presidente José Batlle Ordóñez (1856-1929) e coube ao Presidente Claudio Williman (1861-1934), inaugurá-lo, em 22 de janeiro de 1911.
Estas foram as obras públicas mais relevantes feitas no Uruguai, entre 1870 a 1925. Neste período se percebe que predominava, nas obras governamentais, especialmente do batllismo, a linguagem neoclássica, . Esta linguagem teria continuidade nos anos seguintes como comprova a arquitetura neoclássica da Sede central do Banco de la República Oriental del Uruguay (1926-1938), situado na rua Cerrito, nº 351 (entre Zabala e Solís), na Cidade Velha, projetado pelo arquiteto italiano florentino Giovanni (Juan) Veltroni (1880-1942) e pelo uruguaio Raúl Lerena Acevedo (1888-1970). Neste edifício a linguagem viria a ser um neoclássico modernizado, motivo pelo qual não figurou entre as obras selecionadas.
No próximo artigo da série será abordada a arquitetura civil privada desta mesma época, fechando esta importante fase da cultura arquitetônica montevideana.
Bibliografia:
GAETA, Julio C. Guía arquitectónica y urbanística de Montevideo. Montevidéu: Editorial Dos Puntos, 1996.
CHEBATAROFF, Fernando. El mercado de la abundancia. Montevidéu: Ultimas Noticias, 30 de agosto de 1990, p. 16.
MEDERO, Santiago. Arquitectos de Estado. Arquitectura y política en Uruguay en la primera mitad del siglo XX. Montevidéu: Estudios Sociales del Estado – ESE, volumen 4, número 8, segundo semestre de 2018, p. 7-37, ISSN: 2422-7803.
MOLINOS, Rita & SABUGO, Mario. Vittorio Meano: la vida, la obra, la fama. Buenos Aires: Fundación Por Buenos Aires, 2004.
Nómada – Mercado de la Abundancia. FADU-Nómada (nómada.uy). https:// www.nomada.uy/guide/view/attractions/3965. Acesso em 16 de fevereiro de 2023, 18:20h.
Nómada – Estación Central General Artigas – AFE. FADU-Nómada (nómada.uy). https:// www.nomada.uy/guide/view/attractions/3891. Acesso em 16 de fevereiro de 2023, 17:30h.
Nómada – Palacio Legislativo. FADU-Nómada (nómada.uy). https:// www.nomada.uy/guide/view/attractions/3964. Acesso em 16 de fevereiro de 2023, 17:50h.
Nómada – Universidad de la República – Facultad de Derecho. FADU-Nómada (nómada.uy). https:// www.nomada.uy/guide/view/attractions/3979. Acesso em 16 de fevereiro de 2023, 18:00h.
REY, William. Nueva visita a la experiencia manierista. Revista del Instituto de História de la Arquitectura, Vitruvia Nº 4. Montevideo: Facultad de Arquitectura, UdelaR. 2018.