Semana passada tivemos a Marca de Poa aprovada pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Um feito, no mínimo, interessante quando entendemos sua trajetória. Porém, no título afirmo que esta história toda não é sobre uma marca e vou contar por quê.
Quando tudo começou, em primeiro lugar, estava o amor por Porto Alegre e a decisão de querer viver aqui. O movimento de uns poucos se transformou num grupo de centenas de voluntários apaixonados pela cidade, que entenderam que era hora de tomar a responsabilidade por uma parte e colocar seu conhecimento a serviço do coletivo.
Em segundo, havia o elo de ligação entre os iniciadores da proposta, um grupo reunido na ABEDESIGN/RS: a crença no valor que tem um bom design. A inovação vem se consolidando pelo mundo apoiada na tecnologia e no design. Processos de cocriação através do design thinking, desenvolvimento de experiência de usuário com UX, design de marcas e identidades fortes que atraem e comunicam, são exemplos de onde o design vem sendo aplicado, trazendo melhoras em vários níveis. Um projeto bem desenvolvido traz, para uma organização ou um território, muitas camadas de significados que resultam em atratividade e valor. E foi por isso, acreditando que uma identidade que representasse Poa poderia trazer visibilidade, melhorar a autoestima das pessoas e atrair oportunidades econômicas, que iniciamos a jornada.
E ainda existe um terceiro aspecto fundamental, que permeia o processo como um todo, que é a potência de transformação que vem da colaboração. Porto Alegre é uma cidade que possui muitas mentes criativas brilhantes, treinadas para abordar desafios complexos de uma forma colaborativa e corajosa. Estas pessoas estão se conectando cada dia mais e aprendendo a importância do pensamento ecossistêmico.
Por sincronia do destino, tivemos o encontro do projeto da marca com a formação do Pacto Alegre. O Pacto, iniciado em 2018, e que vem ajudando a transformar nossa cidade, deu a tração que o projeto precisava para acontecer. Este encontro criou pontes e sinergias que possibilitaram ao projeto se tornar realidade.
Juntando os pontos então digo a você: não se trata de uma marca, e sim de transformar uma visão de futuro em realidade. E para isto acontecer o design é uma ferramenta indispensável e a cocriação e a colaboração entre o ecossistema de um lugar um aspecto essencial.
Um outro movimento que está acontecendo e também serve de exemplo é o Plano de Marketing para o Turismo de Poa. Ele está começando a ser implementado e foi iniciado pelo Sebrae, a pedido da Prefeitura. No mesmo espírito de cocriação, o Sebrae convidou Sindha, CDL, Sindilojas, Convention Bureau e Pacto Alegre para juntos pensarem como evoluir este segmento na cidade.
O primeiro resultado que deve entrar no ar até março é o Portal de Porto Alegre. Um local que reunirá tudo que há de bom para ver e fazer na nossa cidade. E, é claro, criado a partir da identidade oficial que é a Marca de Poa. Existe a previsão de uma campanha, de uma bela participação no South Summit, e muitas outras frentes que estão surgindo.
Então, afirmo novamente, não é sobre uma marca. É sobre um espírito de amizade, de aprender juntos, de construir conexões, de honrar nossa comunidade e sobre cocriar respostas para mudanças contínuas. É sobre prosperidade e bem-estar. É sobre uma proposta de cidade que tenha o lado humano e inovação tecnológica criativa equilibradas em perfeita harmonia. É sobre um lugar onde se pense em como podemos incluir todas as vozes e em que tipo de cidade queremos passar para as gerações futuras.
É sobre os futuros possíveis que podemos construir juntos.
Daniela Lompa Nunes é CEO da Purpous Marcas com Alma e Head de Estratégias do Pacto Alegre