- O Crime do Bom Nazista, de Samir Machado de Machado. Misto de romance histórico, sátira política e mistério ao estilo “whodunit” e que consegue oferecer um twist e uma nova perspectiva para cada um desses aspectos.
- O Retorno, de Hisham Matar. Dilacerante narrativa de um escritor de uma família dissidente ao regime de Khadafi que volta à Líbia após a queda do ditador para tentar reconstituir o que aconteceu com seu pai, desaparecido e nunca mais visto após ser sequestrado no Egito pela polícia secreta. Bom para refrescar a memória dos que tentavam reabilitar Khadafi como um “estadista sóbrio” simplesmente porque não era tão ruim quanto o Isis.
- Iluminações, Alan Moore. O veterano velho rabugento da indústria dos quadrinhos mostra aqui seu amplo espectro na prosa, indo de trips humorísticas que talvez só ele ache graça até sátiras demolidoras, com espaço para algumas páginas realmente comoventes.
- Povo de Deus, Quem São os Evangélicos e Por Que Eles Importam, editora Geração, escrito pelo Juliano Spyer, livro fundamental para entender o crescimento das religiões neopentecostais no Brasil para além dos preconceitos.
- Uma Boa Vida, Como Viver com mais Significado e Realização, editora Sextante, escrito por Robert Waldinger e Marc Schulz. O livro traz as descobertas do mais longo estudo científico sobre o que realmente nos faz felizes, realizado pela Universidade de Harvard.
- Velhos Demais para Morrer, escrito pelo Vinícius Neves Mariano, editora Malê. A história apresenta uma distopia de quando as pessoas idosas se tornam a maioria da população, o mundo entra em colapso econômico e a crise social se instaura. Nesse tempo, três personagens de diferentes idades se perguntam sobre o sentido de envelhecer em um mundo que despreza a velhice.
- Véspera, escrito pela Carla Madeira, editora Record. Uma história que nos atravessa. Desde o início sabemos que a personagem principal, num momento de descontrole abandona o filho na calçada. Quando retorna para resgatá-lo, ele não se encontra mais lá. Esse é o acontecimento de partida do livro.
- O Egípcio, de Mika Waltari, que fez minha cabeça de guri, político, histórica e sexual.
- O Novo Mapa: Energia, Clima e o Conflito entre Nações, de Daniel Yergin. Uma análise realista da situação do mundo frente à necessidade de se abandonar os combustíveis fósseis, escrita por um especialista em petróleo e energia.
- A Sexta Extinção, de Elizabeth Kolbert. Há mais coisas acontecendo do que a gente percebe – o fato de que estamos provocando a sexta maior extinção da história do planeta (na ordem, não na grandeza, pois poderá ser até a maior de todas) é algo que talvez seja até mais grave que as mudanças climáticas.
- A Espiral da Morte, de Claudio Angelo. Como diz o subtítulo explica – “Como a Humanidade Alterou a Máquina do Clima” – o autor faz parte hoje da equipe do Observatório do Clima. Escrito de uma forma cativante, trata-se de uma importante referência para que quer entender melhor as causas das mudanças climáticas
- E fomos ser gauche na vida, de Lelei Teixeira. A vida de Lelei e de sua irmã Marlene encarando o nanismo sob a perspectiva da diversidade.
- Quando tudo se desfaz: Orientação para tempos difíceis, de Pema Chödrön. E quem não precisa de orientação para esses tempos em que tudo que é sólido se desmancha no ar.
- Israel e Palestina: Um ativista em busca da paz, de Gershon Baskin. A jornada de vida de um dos mais conhecidos e reconhecidos ativistas pela paz em Israel. Leitura ainda mais essencial após os últimos meses de violência na região.
- Tudo é Rio, de Carla Madeira.
- El Juego del Angel, de Carlos Ruiz Zafon.
- Frida – A Biografia, de Hyden Herrera.
- Paris é uma festa, de Ernest Hemingway.
- Helo, Brasil!, de Contardo Calligaris.
- O olho mais azul, de Tony Morrison.
- Olhares negros, bell hooks.
- Verdade tropical, Caetano Veloso.
- Por que amamos? de Renato Noguera. Filosofia, psicanálise, história e vivência a partir da reflexão e influência de várias culturas, Noguera nos ensina que simplesmente é preciso amar para encontrar o nosso equilíbrio. E isso vai muito além da fantasia do amor romântico. Amei cada linha.
- High On The Hog, de Jessica B. Harris. Um estudo pungente sobre a culinária afro-americana que deu origem a uma série da Netflix. O livro nos leva pela angústia dos escravizados da África até os Estados Unidos, mostrando a força de adaptação dessas pessoas negras arrancadas de seus pais e de como a comida também reconta essa força. Livro necessário. Até onde eu saiba, ainda não tem tradução para o português.
- Chegou um Negro, livro do poeta Jorge Fróes, editado pelo Instituto Estadual do Livro. Fróes tem a manha do poema que surpreende pelo jogo de ideias e pelo olhar inusitado sobre tudo.
- Estes que têm futuro bastante, livro da poeta Juliana Meira, editora Bestiário. Juliana tem a ciência do poema curto. Em poucas e precisas palavras, nos deixa com suas percepções singulares.
- Desacontecimentos, livro de poesia de Luis Turiba. O poeta tem poemas inquietos, algumas verdadeiras reportagens em versos sobre ecologia, política, cultura. Edição da 7 Letras.
- “Os dias de sempre”, da Helena Terra, vale muito tanto pelo texto envolvente quanto por tratar do contexto de desigualdade social do RS.
- “Meus desacontecimentos”, da Eliane Brum. Uma autobiografia da jornalista e ativista que fundou o portal Sumaúma.
- “Tomo conta do Mundo – Confissões de uma Psicanalista”, de Diana Corso, crônicas sobre vários assuntos revelam o talento da psicóloga com a escrita.