A literatura afirma que foi em Nova Iorque que surgiu, a partir de 1849, um número crescente de edificações com meia dúzia de pavimentos, feitas com estruturas metálicas independentes e com fachadas de ferro fundido, ornamentadas, valendo-se de moldes para reproduzi-las. Foram criadas por pioneiros como James Bogardus (1800-1874) e Daniel Badger (1806-1884). Estas edificações se espraiaram pelos distritos da cidade. O SoHo foi um destes pioneiros em adotá-las. Mas tinham limitações de altura pelo fato de não suportarem a força dos ventos.
A construção em altura desenvolveu-se de fato após a Guerra Civil Norte-Americana (1861-1865). Foi a resposta dada ao aumento do preço do solo urbano e ao desejo de permanecer junto dos centros de comércio existentes. Viabilizar o que viria a ser conhecido como o “arranha-céu” exigiu inovações técnicas (produzir componentes estruturais em massa, desenvolver o elevador de segurança e criar técnicas de proteção contra incêndio). Os sistemas estruturais em aço foram pensados para suportar as cargas geradas pelos ventos, com o uso de contraventamentos. Também foi encontrada a solução construtiva anti-incêndio para estas estruturas.
Em 1871, um incêndio destruiu o centro comercial de Chicago junto ao Lago Michigan. Na sua reconstrução, foram desenvolvidas as técnicas que viabilizaram o edifício em altura. O pioneirismo é atribuído a William Le Baron Jenney (1832-1907), com a Fair Store (1892), entretanto, foi um grupo de arquitetos e engenheiros que, entre 1875 e 1925, produziram os edifícios altos da região central da cidade, o que gerou a denominação de Escola de Chicago, “indicando a presença de posturas de projeto e técnicas de construção comuns” (FAZIO, MOFFETT & WODEHOUSE, 2011, p. 444). Destacaram-se também a firma de Daniel H. Burnham (1846-1912) e John Wellborn Root (1850-1891), tida, pela sua organização e administração eficientes, como a mais moderna do mundo à época (COHEN, 2013, p. 57), a de William Holabird (1854-1923) e Martin Roche (1853-1927), e a de Dankmar Adler (1844-1900) e Louis Sullivan (1856-1924).
No início do século XX, o arranha-céu migrou para Nova Iorque, que, ao contrário de Chicago, não limitou a altura das novas construções. Dentre os pioneiros, despontou o Edifício Flatiron (1901-1902), na esquina da Broadway com a 5ª Avenida, construído por Daniel H. Burnham para o empresário de Chicago George A. Fuller. Foi edificado em um terreno triangular, de esquina, com 22 andares. Na sua planta, elevadores e serviços foram concentrados no centro, liberando as fachadas para os escritórios, solução que se consagraria neste tipo de edificação. Em 1916, foi aprovada uma lei de zoneamento que passou a exigir recuos para permitir a passagem da luz e ar aos edifícios e ruas abaixo, o que encorajou o escalonamento do edifício em altura (CURTIS, 2008, p. 219), que antes lembrava a composição tripartida de uma coluna, com uma base (contendo os primeiros pavimentos), um corpo principal (com os andares repetitivos) e um coroamento superior (definido pelos pavimentos mais elevados, que, de maneira diferenciada, arrematava estes prédios).
Na América Latina, logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), iniciou o processo de verticalização das áreas urbanas centrais das cidades, em especial das capitais. Edifícios em concreto armado surgiram inicialmente no Rio da Prata. Foram pioneiros o Palácio Barolo (1919-1923), para o imigrante italiano que se tornou produtor agropecuário e empresário do ramo têxtil, Luis Barolo (1869-1922), que aportou na Argentina em 1890. O edifício, com 22 pavimentos, foi erguido na recém-aberta Avenida de Mayo, número 1370, em Buenos Aires – o mais alto da cidade desde a sua inauguração até a construção do Edifício Kavanagh (1934-1936) -, e o Palácio Salvo (1922-1928), na Praça Independência, número 864, esquina Avenida 18 de Julio, em Montevidéu. Ambos projetados pelo arquiteto milanês Mario Palanti (1885-1978), são ícones urbanos das capitais portenhas.
Nesta região, no final da década de 1920, novos edifícios icônicos em altura foram erguidos. Na cidade de São Paulo, foi construído o Edifício Martinelli (primeira etapa, 1924-1929; conclusão, 1929-1934), em concreto armado, com 30 pisos, à Rua São Bento, número 405, no centro, idealizado pelo imigrante italiano Giuseppe Martinelli (1870-1946) e projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger (1888-1968). De 1934 a 1936, foi considerado o maior da América do Sul. Em Buenos Aires, merece menção o Edifício La Equitativa del Plata (1927-1929), na Diagonal Norte Roque Sáenz Peña, número 550, em San Nicolás, de composição acadêmica tripartida, com fachada curvilínea, aproveitando a esquina. Alejandro Virasoro (1892-1978), seu autor, explora o tradicional embasamento nos primeiros pisos, desenvolve os escritórios no corpo da edificação e o arremata com um grande cornijamento perimetral com cúpula escalonada na esquina. Esta estrutura compositiva se assemelha aos utilizados nas esquinas vizinhas, em edificações ecléticas e neocoloniais. Virasoro explorou o repertório estilístico Art Déco.
Le Corbusier (1887-1965), quando esteve no Prata, em 1929, foi surpreendido pelo entusiasmo dos jovens arquitetos uruguaios na busca de uma arquitetura renovadora. Naquele ano, na rua 25 de Mayo, número 555, Octavio de los Campos (1903-1994), Milton Puente (1905-1980) e Hipólito Tournier (1905-1968) conceberam o Edifício Centenário (1929), que, com o Edifício Lapido (1929-1933), na Avenida 18 de Julio, números 948-950, esquina Rua Río Branco, de autoria de Juan A. Aubriot (1902-1996) e Ricardo Valabrega, experimentavam a edificação em altura associada às vertentes modernizantes expressionistas holandesa e alemã, respectivamente.
Nesta passagem da década de 1920 para a de 1930, em plena depressão econômica causada pela quebra da sua Bolsa (outubro de 1929), Nova Iorque construiria seus maiores ícones, o Edifício Chrysler (1929-1930), com 77 andares, no lado leste da Avenida Lexington, entre as ruas 42 e 43, no centro de Manhattan, de autoria de William van Alen (1883-1954), no estilo Art Déco, e logo em seguida o Edifício Empire State (1930-1931), com 102 andares, o mais alto do mundo, na 5ª Avenida, entre as ruas 33 e 34 Oeste, em Manhattan, projetado por Richmond Harold Shreve (1877-1946), William Frederick Lamb (1883-1952) & Arthur Loomis Harmon (1878-1958), no mesmo estilo. Especialmente, o primeiro contribuiu para que o edifício efetivamente representasse a corporação que o concebeu, “uma celebração do progresso pessoal dentro do sistema econômico norte-americano. Uma Catedral do Capitalismo” (Idem, p. 225).
O exemplo novaiorquino logo encontrou eco na América Latina. No centro de Havana, em Cuba, na esquina das ruas Monserrate, número 261, e San Juan de Dios, foi construído o Edifício Emilio Bacardi Moreau, mais conhecido como Edifício Bacardi (1930), também no estilo Art Déco, projetado pelos arquitetos Esteban Rodríguez Castells, Rafael Fernández Ruenes e José Menéndez y Menéndez, vencedores do concurso promovido pela empresa fabricante do rum Bacardi, produto tradicional da ilha caribenha.
Motivada pelo exemplo ianque, Buenos Aires construiu os Edifícios de Escritórios COMEGA (1931-1934), situado na Avenida Corrientes, número 222, esquina Leandro N. Alem, em San Nicolás, solicitado pela empresa Bunge & Born, aos arquitetos Alfredo Joselevich (1907-1977) e Enrique Douillet, e o Edifício SAFICO (1932-1934), realizado para a sociedade de mesmo nome, à Avenida Corrientes, número 456, fruto de um concurso privado, vencido pelo engenheiro Walter Möll (1881-1957). Ambos escalonados com o mesmo intuito dos edifícios novaiorquinos do final da década anterior, aplicando as alturas máximas permitidas pelo regramento de construções da capital portenha de 1928.
A Cidade do México, sendo uma das principais capitais do continente, não ficou atrás. Seu primeiro arranha-céu, La Nacional Compañia de Seguros (1930-1934), situado à Avenida Juárez, número 4, esquina com o Eje Central Lázaro Cárdenas, projetado por Manuel Ortiz Monasterio Pophan (1887-1967), junto com Bernardo Calderón e Luis Ávila, foi construído totalmente em concreto armado, explorando uma depurada linguagem também Art Déco.
Na disputa pelas alturas, o Brasil não ficou para trás. Sendo o Rio de Janeiro a capital do país, lá foi erguido o maior edifício com estrutura de concreto armado da América do Sul, o Edifício A Noite (1927-1929), na Praça Mauá, número 7, na área central, com 22 pavimentos. O prédio é de autoria de Joseph Gire (1872-1933) e de Elisiário da Cunha Bahiana (1891-1980). Em 1934, com a conclusão do Edifício Martinelli, antes citado, este passou a ser o maior. Logo depois, Buenos Aires voltaria a ter o maior edifício com estrutura de concreto armado sul-americano, o Edifício Kavanagh (1934-1936), residencial, com 33 andares, situado na rua Florida, número 1065, na frente da Praça San Martín, no Bairro Retiro, projetado pelo uruguaio Gregorio Sánchez (1881-1941) e pelos argentinos Ernesto Lagos (1890-1977) e Luis María de la Torre (1890-1975), para a senhora Corina Kavanagh Lynch (1890-1984), numa linguagem racionalista. O Edifício Kavanagh foi superado pelo Edifício Altino Arantes (1939-1947), popularmente conhecido por “Banespão” por ter sido a sede do Banco do Estado de São Paulo, situado à Rua João Brícola, número 24, no centro de São Paulo, concebido por Plínio Botelho do Amaral (1904-1993), cujo escalonamento se inspira no Empire State de Nova Iorque. Foi considerado, logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o maior edifício do mundo fora dos Estados Unidos.
Além de proporcionar ao leitor uma síntese do desenvolvimento do arranha-céu, dos seus primórdios à Segunda Guerra, especialmente no contexto americano, a intenção é de aqui contar a lenda ou história que ficou associada à construção do Edifício Kavanagh. Como foi visto, salvo raras exceções, a quase totalidade dos arranha-céus foi criada para ser sede de empresas e corporações. O Kavanagh foi um investimento privado, para fins residenciais, em plena depressão causada pela quebra da bolsa norte-americana. Afinal, qual teria sido a real motivação para a sua construção em um momento aparentemente desfavorável?
Uma narrativa shakespeariana, à Romeu e Julieta, que, ao invés dos Capuleto e dos Montecchio, teria envolvido membros das famílias Kavanagh e Anchorena, respectivamente, estaria por detrás da iniciativa em construí-lo. Esta história, ou lenda, é reproduzida pelos guias de turismo e pela mídia portenha. Envolve três personagens, Cora (Corina) Kavanagh Lynch (1890-1984), Aarón Félix Martín de Anchorena Castellanos (1877-1965) e María Luisa de las Mercedes Castellanos de la Iglesia (1840-1920).
Cora nasceu em Buenos Aires, em 20 de fevereiro de 1890. Era filha dos imigrantes irlandeses John Patrick Kavanagh Mac Kiernan (1863-1922) e Elizabeth Lynch Byrne (1866-?). Teve um irmão mais novo, Diego. Na Argentina, a família tornou-se próspera proprietária de terras. Sua mãe morreu muito cedo. Cora foi então criada pelo pai.
Uma das famílias importantes da aristocracia crioula argentina, também chamada de patrícia, foram os Anchorena. No Valle de Baztán, em Navarra, na Espanha, onde viviam, a família se destacou na defesa do reino na guerra contra os franceses. Domingo de Anchorena e sua esposa Juana Zandueta possuíam, desde 1739, a estância de Barroeta. Um dos filhos deste casal, Juan Esteban de Anchorena, nascido em Pamplona, em 1734, imigrou para a Argentina, abrindo uma casa comercial em Buenos Aires, onde casou com a patrícia Ramona López de Anaya, com quem teve dez filhos. Destes, três viriam a se destacar ao formar os principais ramos genealógicos da família na Argentina: Juan José Cristóbal de Anchorena, Mariano Nicolás de Anchorena e Tomás Manuel de Anchorena (1783-1847). Este último, político e advogado, assinou com outros trinta e dois deputados a declaração de independência da Argentina.
Um dos filhos de Mariano, Nicolás Hugo de Anchorena Arana (1828-1884), casou-se, em 1864, com María Luisa de las Mercedes Castellanos de la Iglesia, natural de Rosário, Província de Santa Fé, na Argentina, filha de Aarón Catellanos e de Secundina de la Iglesia Castro. Tiveram uma dezena de filhos. O oitavo, Aarón Félix Martín de Anchorena Castellanos (1877-1965), é figura central do que aqui será contado.
María Luisa, viúva, assumiu os negócios da família. Foi quando mandou construir o Palácio Anchorena, hoje Palácio San Martín, em terreno voltado para o logradouro de mesmo nome, no Bairro Retiro, local para onde a elite portenha se transferiu no último quartel do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Para concebê-lo, em 1905, María Luisa contratou o arquiteto de descendência norueguesa, nascido em Cádiz quando seu pai era cônsul da Noruega na Espanha, Alejandro Christophersen (1866-1946). Foi inaugurado em 1909 e nele festejou-se o centenário da independência do país.
Próximo do Palácio Anchorena, na Rua San Martín, número 1039, no mesmo bairro, dona María Luisa, católica fervorosa, mandou erguer a Basílica Menor do Santíssimo Sacramento (1914), cujo projeto, tendo a Catedral de Cathédrale Saint-Pierre d’Angoulême (1100-1128), na França, como referência, foi desenvolvido pelos arquitetos franceses Alfred Coulomb (1838-1929) e Louis Pierre Léopard Chauvet (1858-1916). A intenção de María Luisa era de ser enterrada na cripta do templo, o que viria a ocorrer. No início do século XX, dona María Luisa, por sua obra filantrópica (teria financiado as obras do Mosteiro de Santa Teresa de Jesus e a Catedral de Salta), recebeu do Papa Pio XI a titulação de Condessa Pontifícia e foi premiada com a Pontifícia Rosa de Ouro.
Se a história que está sendo aqui lembrada for verdadeira, a paixão que teria envolvido Aarón Félix de Anchorena e Corina Kavanagh se deu em 1910. Narram os guias turísticos, propagadores da história (ou lenda), que o amor proibido teve a reprovação de María Luisa, pelo fato de Corina ser uma nova rica, imigrante, e não uma patrícia. Aarón era um homem irrequieto, que se interessou por política, turismo, corrida de automóvel (venceu a primeira corrida realizada na Argentina, no Hipódromo Nacional, em Belgrano), e principalmente pela aviação, da qual foi pioneiro no Prata, paixão que dividiu com o brasileiro Alberto Santos Dumont (1873-1932), em 1905. Quando se conheceram, se é que se conheceram, Corina Kavanagh tinha vinte anos, e Aarón Félix, trinta e três. É possível. A mídia usou a expressão “pica-flor” para descrevê-lo. Isto remete ao beija-flor, como uma figura atraente, símbolo de leveza, uma pessoa mais solta, que vai de flor em flor, mas não se entrega, como expressou o carioca Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza (1958-1990), na letra de “Codinome Beija-Flor” (1985). Bem-apessoado, pelo visto, era um sedutor. Apesar disso, Aarón teria obedecido à mãe, afastando-se de Corina.
Em 20 de julho de 1912, Corina casou-se em Londres, na Inglaterra, com o irlandês Guillermo Ham Kenny, latifundiário, íntimo amigo da família, mais velho que seu pai, e que faleceu em 1924, deixando-lhe uma grande fortuna. Casou novamente com o médico Guillermo Mainini Ríos, matrimônio anos depois anulado pela igreja.
Há quem diga que o romance teria ocorrido bem depois, no início da década de trinta. Impossível. María Luisa faleceu em 9 de julho de 1920. Se houve o relacionamento, foi em 1910.
Os que defendem a veracidade da história afirmam que Corina Kavanagh adquiriu o terreno fronteiro à Basílica para construir um arranha-céu e impedir sua visualização do Palácio Anchorena. De fato, o templo fica ocultado. Para temperar ainda mais a narrativa, vale lembrar que existe uma ruela entre o edifício e o hotel vizinho, passagem que facilita o acesso do Palacio Anchorena ao templo. Chama-se… Corina Kavanagh. Seria a vingança pelo ressentimento silencioso que a dominou por tanto tempo? O certo é que ela vendeu três propriedades em Venado Tuerto, para financiar a construção do imóvel com cento e cinco apartamentos e com o primeiro sistema de ar condicionado central da marca Carrier no país. No escalonamento do edifício, destaca-se o do décimo quarto andar, com um apartamento de mais de setecentos metros quadrados, destinado à proprietária, que jamais o teria ocupado. As vistas a partir dos jardins e terraços são impressionantes, tanto para a cidade quanto para o Rio da Prata. Importante frisar que o mundo e a Argentina enfrentavam a depressão da década de 1930, e que provavelmente Corina foi movida pelo interesse em investir uma parcela de sua fortuna na diversificação de seus negócios, o que é o mais provável.
Em 17 de março de 1938, Corina Kavanagh casou pela terceira vez, com Hector Gustavo Casares Lynch (1891-1959), em Buenos Aires. Em nenhum dos matrimônios teve filhos. Corina viveu na Villa Martínez, também chamada de Palacio Kavanagh (1943), em Acasusso, às margens do Rio da Prata, projetada, ocupada posteriormente como residência dos embaixadores da França na Argentina, e recentemente vendida ao milionário Alfredo Román. Em 1957, Corina se mudou para Nova Iorque. Faleceu em 18 de janeiro de 1984, aos 93 anos, em Buenos Aires, onde está sepultada no Cemitério da Recoleta.
Para Aarón largar a aviação, sua mãe o ajudou a adquirir uma estância na barra de San Juan, em Colônia, no Uruguai, que se chamou Estância Anchorena. Lá construiu sua residência e um parque idealizado pelo paisagista alemão Hermann Bötrich (?-1944).
No dia 26 de agosto de 1933, casou-se em Paris com Zelmira Rosa Paz Díaz (1874-1964), filha mais nova de José Camilo Paz Cueto (1842-1912), primo-irmão do ex-presidente Julio Argentino Roca (1843-1914), e fundador do jornal La Prensa. Zelmira era viúva de Alberto Gainza Lynch (1860-1915), com quem deve dois filhos e duas filhas.
Aarón não teve filhos. Deixou seus bens aos seus dois afilhados. A sede da estância e o parque foram doados ao governo uruguaio, servindo como casa de veraneio da Presidência da República. Na sede da estância da barra de San Juan, na base da torre, foi enterrado.
História ou lenda, vale o aforismo “se non è vero, è molto ben trovato”, registrado por Giordano Bruno, em “De gl’eroici furori”, seconda parte, dialogo terzo.
Bibliografia:
COHEN, Jean-Louis. O futuro da arquitetura desde 1889: Uma história mundial. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
CURTIS, William. J. R. A arquitetura moderna desde 1900. Porto Alegre: Bookman, 3ª edição, 2008.
FAZIO, Michael, MOFFETT, Marian & WODEHOUSE, Lawrence. A História da Arquitetura Mundial. Porto Alegre: AMGH, 3ª edição, 2011.
Fotos da montagem:
- Aarón Félix Martín de Anchorena Castellanos (1877-1965); Fonte: Aaron_de_Anchorena.png
- Cora (Corina) Kavanagh (1890-1984); Fonte: Archdaily, cortesia de Díaz Ortiz Ediciones
- María Luisa de las Mercedes Castellanos de la Iglesia (1840-1920). Fonte: Mercedes_Castellanos_de_Anchorena-new.png
Foto da Capa: Cora Kavanagh
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