O arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) possivelmente visitou Porto Alegre duas vezes na década de 1940. Numa primeira oportunidade, para tratar da realização de um projeto para o Edifício-sede do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul – IPERGS (1944) e depois retornou para paraninfar a primeira turma de formandos do curso de Urbanismo do Instituto de Belas Artes – IBA (1949). No período entre 20 e 27 de novembro de 1948, era esperado para o II Congresso Brasileiro de Arquitetos, que ocorreu em Porto Alegre, no Instituto de Artes do Rio Grande do Sul, mas infelizmente, não compareceu.
Da primeira viagem há um depoimento do arquiteto no livro As curvas do tempo – Memórias, publicado no Rio de Janeiro, em 1998, pela Editora Revan (páginas 69 a 81). Segundo Niemeyer, a viagem que narrou, ocorreu em outubro de 1944.
Oscar Niemeyer não gostava de viajar de avião. Contava Amaro Pais Filho, que foi seu motorista, que Niemeyer só viajava no banco da frente. Conversava, cochilava, acordava contando piada. Se o carro enguiçava, pegava carona até em caçamba de pick-up. Às vezes pedia papel e lápis e começava a desenhar (CORRÊIA, 2005, p. 143). Numa dessas viagens, sofreu um grave acidente. Furou o pneu do carro em velocidade, indo parar no meio do cerrado. Acharam-no, dias depois, hospitalizado numa pequena clínica do interior e Paulo Niemeyer (1914-2004), foi buscá-lo. Foi recebido com uma declaração de princípios: “se fosse desastre de avião eu teria morrido” (Idem).
Para a viagem a Porto Alegre, partiram em um automóvel Ford 30, caindo aos pedaços, segundo sua avaliação. Lembrou que os colegas morriam de rir, ao acenar da janela do escritório, situado à Rua Conde Lages, nº25, no Bairro Glória, no Rio de Janeiro. Acompanhavam Niemeyer, seus amigos Fernando Saturnino de Brito e Gauss Marinho Estelita. Para justificar a escolha do meio de transporte, disse ele: “É claro que teria sido melhor ir de avião, mas isso daria à nossa viagem um ar de negócio, de dinamismo e organização que não nos agradava. Era assim, sem saber quando chegaríamos, que gostávamos de viajar. E partimos confiantes” (NIEMEYER, 1998, p. 69). Andaram pouco mais de quinhentos metros e o carro parou de repente, na esquina da Rua Conde Lages com a Rua da Glória. Fernando que conduzia, desceu, abriu o capô do carro, alisou os bigodes, verificou o depósito de carvão do gasogênio, mexeu no carburador, puxou fios e cabos, e como nada entendia de mecânica, ponderou: “É melhor sairmos amanhã” (Idem). Desembarcaram a bagagem, retornaram para o escritório para combinar a saída no dia seguinte. Antes de partir, levaram o carro na mecânica Contra-Pino, em Botafogo. Antes, Niemeyer perguntou ao mecânico se podiam seguir para Porto Alegre. Ouviu como resposta: até São Paulo, talvez. Niemeyer e os amigos se entreolharam, entraram no carro e partiram.
Saíram do Rio de Janeiro com o dia ensolarado. No caminho, o tempo fechou e enfrentaram um temporal. Com o limpador de para-brisa enguiçado, o vidro embaciado, e o motor rateando, a solução foi parar no km 48, onde ficava a Escola de Agronomia. Lá conseguiram pouso. De manhã bem cedo, com o céu limpo e temperatura agradável, seguiram viagem. A intenção era chegar em São Paulo à tarde, mas com o gasogênio do carro falhando várias vezes, tiveram que pernoitar em Jacareí. Só na noite do dia seguinte chegaram em São Paulo onde se hospedaram no Hotel Savoya. Quase três dias para fazer o trajeto Rio – São Paulo.
Pela manhã, trataram de se livrar do Ford 30. Na Praça da República contrataram o taxi de um tal Pale-Pale. No hotel, receberam a visita do Diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), que brincou com os viajantes ao ver três camas no quarto: “vocês parecem meninos em férias” (Idem, p. 71). Almoçaram os quatro. Rodrigo fez indagações sobre o taxi e o trajeto para o Sul, recomendando irem pela serra e não pelo litoral.
Era para partir cedo, mas Pale-Pale só chegou depois das dez horas. Tinha comido uma feijoada no dia anterior e tomado um porre. Precisou de tempo para se recuperar. Apresentou Miguel, seu ajudante. Embarcaram então os cinco no Chevrolet 36 e partiram. Logo, Pale-Pale começou a cantarolar canções italianas. Uma hora de viagem o carro parou. Problema do gasogênio. Resolvido, seguiram até Campo Bonito onde almoçaram numa pensão pouco asseada como descreveu Niemeyer (Idem, p. 73). Comeram arroz com galinha e tomaram vinho. Ao tentar sair, o carro não se moveu. Era o mesmo problema de sempre. Seguiram viagem com Pale-Pale cantando cada vez mais alto. À tarde, chegaram em um pequeno hotel horrível, em Apicaí. A janta foi novamente arroz com galinha. Dormiram num quarto com camas que tinham lençóis encardidos e cheios de percevejos. De manhã partiram para Curitiba, e no caminho, mais uma vez o gasogênio trouxe problemas. De Curitiba rumaram para Joinville e um dia depois, após o carro enguiçar três vezes, chegaram a Blumenau. Atravessaram o planalto catarinense e de Lages, ingressaram no Rio Grande do Sul por Vacaria.
Na Praça Daltro Filho, em Vacaria, foram interpelados por um homem de bombachas, o delegado local: “Vocês não sabem as leis de trânsito? Bem se vê que são de Curitiba!”. Explicaram que eram do Rio e que não imaginavam que naquela praça tão deserta havia mão e contramão. O delegado compreendeu a situação e acabou convidando-os para comer um churrasco na sua fazenda, que era próxima da cidade, o que ocorreu depois de tomarem umas cervejas. Oscar Niemeyer disse que “o churrasco era bom e o clima acolhedor da boa fidalguia gaúcha” (Ibidem, p. 75). Tomaram um porre. No fim da tarde seguiram para o Vale do Rio das Antas. Ao subir a serra, caiu um temporal que os apavorou, considerando que a estrada entre Campestre e São Marcos é ladeada por precipícios, na época sem pavimentação asfáltica, naquele momento enlameada, fazia com que o motorista fizesse um esforço enorme para segurar o automóvel. Conseguiram parar num lugar seguro onde dormiram. Seguiram então a viajem até Porto Alegre, sem mais percalços. Sobre a viagem, sentenciou: “Se tivéssemos vindo de avião nada teríamos para contar. Não teríamos conhecido o sul do país, nem sentido como ele é belo e como nossos irmãos são solidários (…)” (Ibidem, p. 76 e 77).
Sobre o hotel que estava reservado em Porto Alegre, escreveu que era bom. Os cinco ficaram nele hospedados. Logo chegou um rapaz simpático e compenetrado que vinha em nome do Doutor Azambuja para levar Niemeyer para conhecer a cidade. Propôs começar pela Central Elétrica (certamente se referindo à Usina Termoelétrica da Volta do Gasômetro). Cansados depois de nove dias de viagem, visitar uma Central Elétrica? Preferiam conhecer a cidade sem cicerones, ainda mais tratando-se de três arquitetos. Niemeyer então perguntou-lhe: “Meu amigo, não poderíamos fazer coisas mais simples, mais alegres, onde tivesse mulher, por exemplo?” O rapaz então respondeu: “é claro que podemos, embora eu esteja afastado desse setor”. Indicou a Casa de Eloá onde ficaram toda a tarde. Muitas vezes lá voltaram para almoçar ou jantar. Se iam encontrar o senhor Azambuja, logo retornavam para o mesmo endereço.
Niemeyer descreve a Casa de Eloá, que segundo apurou um pesquisador de sua obra, seria uma casa de tolerância que existiu na Rua Voluntários da Pátria, próxima da antiga estação ferroviária, na quadra entre a rua Ernesto Alves e a rua Comendador Coruja: “A Casa de Eloá tinha um jardim na frente e um caramanchão com treliças. Uma casa agradável, e Eloá, muito simpática. Sem formalidades nos sentamos na sala. Chegaram as mulheres e aquele momento de constrangimento inevitável. Uma delas, mais desinibida, cruzou as pernas procurando mostrar tudo até o umbigo, pôs um disco na vitrola. Um tango argentino. E nosso acompanhante levantou-se, lépido, para bailar. Que sacana!”. O rapaz que os acompanhava era frequentador permanente. Sobre as moças da casa, Niemeyer disse que “eram todas bonitas, bem-feitas, as ancas barrocas como preferíamos e um ar natural e convidativo”.
Niemeyer não disse a que veio e qual o tempo que permaneceu em Porto Alegre. Disse apenas que conheceu a área central e que a confraternização com o povo gaúcho se deu na Casa da Eloá. Voltaram até São Paulo em oito dias. Foram desta vez pelo litoral, enfrentando as mesmas dificuldades.
Marcos Sá Corrêa que chama a viagem de “missão em Porto Alegre” e sua descrição de “relatório”, diz que Oscar “se esqueceu de incluir entre a profusão de detalhes um esclarecimento: o que foi fazer lá?” E acrescentou: “Não há resposta. Quem notou isso no resumo (ele resume o relato completo da viagem), está começando a entender Oscar Niemeyer” (CORRÊA, op. cit., p. 149).
O jornal Diário de Notícias confirma na sua edição de 24 de janeiro de 1945, página 7, sob o título “O I.P.E. construirá o mais alto edifício de Porto Alegre. Entregue o projeto ao famoso arquiteto Niemeyer”, que o arquiteto veio a convite do Doutor Herófilo Azambuja, Presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul. Ficou hospedado no Grande Hotel, onde hoje é o Rua da Praia Shopping, na Rua dos Andradas, esquina com a Rua Caldas Júnior. A matéria diz que retornou para o Rio de Janeiro neste dia. Causa estranheza Niemeyer ter permanecido por quase três meses em Porto Alegre, se considerarmos a data que disse ter vindo (outubro de 1944) e da entrevista (24 de janeiro de 1945).
Em 1938, o IPERGS organizou um concurso de anteprojetos para o seu edifício-sede, previsto para ser construído no terreno de esquina entre a Avenida Borges de Medeiros com a Rua General Andrade Neves, no centro da cidade. Foram vencedores os arquitetos Fernando Corona (1895-1979), espanhol de Santander, e Egon Weindoefer (1897-1973), austríaco de Graz, representantes da firma Azevedo Moura & Gertum, uma das mais importantes construtoras da cidade no século XX (Figura 1). Mais tarde, a pedido do IPERGS, Corona ampliou o anteprojeto para vinte andares. Mudanças na legislação municipal inviabilizaram o projeto, motivo pelo qual o IPERGS resolveu contratar o arquiteto carioca.
Pelo que se sabe não existem mais as plantas elaboradas por Oscar Niemeyer. Há uma fotografia da maquete divulgada pela Revista do Globo (Figura 2), nº 478, datada de 5 de março de 1949, p. 49, e um “Relatório e Balanço Geral, relativo aos anos de 1943 e 1944”, publicado pelo IPERGS, que faz parte do acervo do museu da instituição.
No item IX do relatório e balanço geral, intitulado “A EDIFICAÇÃO DA SEDE DO INSTITUTO”, contido nas páginas 24 e 25, é esclarecido sinteticamente, desde a compra do terreno, a realização do concurso público, a contratação de Niemeyer e a descrição do projeto do arquiteto carioca.
Na página 25 lê-se que “Inutilizado o projeto primitivo, por força do novo alinhamento dado à rua Gal. Andrade Neves, cometeu-se ao arquiteto Oscar Niemeyer Filho a execução do anteprojeto, projeto, especificações e orçamento da obra a construir-se”.
Na mesma página, logo em seguida, o autor do documento escreve: “Consoante o programa de construção por mim traçado, o edifício comportará todos os serviços da autarquia, que ocupará quatro andares, destinando-se os treze restantes, além da parte subtérrea, térrea e terraço, à locação para cinema, lojas, escritórios, apartamentos residenciais e restaurante”.
Pela maquete percebe-se que se tratava de um prisma apoiado sobre pilotis, com dupla altura na base. Luís Henrique Haas Lucas destaca que ensaiou uma liberdade formal na base, “perceptível no movimento tortuoso do piso da sobreloja por trás da sequência de pilares” (LUCAS, 2006), situados no primeiro plano nas duas fachadas. Aliás, o sombreamento na foto da maquete permite perceber que haveria um recuo da edificação na base. O corpo tinha uma composição em xadrez, alternando cobogós e vazios na fachada principal, voltada para a Avenida Borges de Medeiros. Na fachada da Rua General Andrade Neves receberia elementos verticais que parecem se tratar de brises-soleils, alternando com vazios nos seis últimos pisos. No terraço-jardim, propôs oito cascas de concreto – voltadas para o Guaíba -, similares as que utilizavam, ele e seus colegas cariocas à época.
O professor Círio Simon, que pesquisou nas “Memórias” escritas por Fernando Corona, cujo filho Eduardo Corona (1921-2001), trabalhou com Niemeyer, transcreveu no seu blog a frustração do espanhol em ver a forma com que são tratadas as questões que envolvem concursos e mesmo a contratação de arquitetos renomados:
“Será curioso constatar o atraso intelectual na Seção de Obras da Prefeitura. Oscar Niemeyer fez um anteprojeto a sua maneira genial, pois uma vez estudado pela Prefeitura, não foi aprovado porque o Engenheiro Bozzano não achava o estilo próprio para a Av. Borges de Medeiros, alegando que iria desentonar das construções ao lado. Mais uma vez se constatou que a falta de um preparo apurado, os nossos engenheiros responsáveis pelas Obras Públicas, pouco entendem de arquitetura. Ora, se o projeto do Oscar fosse aprovado, mesmo que o nosso fosse o primeiro escolhido em concurso, eu me sentiria feliz por vez em nossa cidade um exemplar da arquitetura de Oscar Niemeyer.
Há coisas que não tem explicação. Gastam dinheiro em concursos, aprovam projetos, duvidam de seu valor, encomendam outros fora do concurso e tudo para nada. Até hoje em 1971, ao escrever estas minhas memórias, o terreno da Av. Borges de Medeiros se encontra vazio. Nenhum diretor do IPE se atreveu a construir seu Edifício Sede num terreno tão bom como esse” (CORONA, 1975, fls. 375 e 376).
A Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através do Diretor de Obras, engenheiro Paulo Aragão Bozano, vetou a construção do projeto de Niemeyer sob a alegação de que destoaria das demais construções do entorno. Interessante que o “Castelinho do Alto da Bronze”, kitsch, era adequado. Porto Alegre perdeu a oportunidade, como escreveu Fernando Corona, de ter uma Obra de Oscar Niemeyer, da época em que concebeu o conjunto de obras edificadas na Pampulha (1940-1943), em Belo Horizonte, e o Banco Boa Vista (1946), situado na Praça Pio X, nº 118, no centro do Rio de Janeiro, no entorno da Igreja de Nossa Senhora da Candelária. Certamente o edifício seria, nos dias de hoje, referência na arquitetura moderna brasileira. Porto Alegre é que perdeu, graças ao engenheiro avaliador. Cabe uma pergunta: onde ele estudou estética?
Em 1958, foi construído provisoriamente no terreno do IPERGS um pavilhão de madeira (Figura 3), destinado às exposições promovidas pelo Governo do Estado. Ganhou o apelido de “Mata Borrão”, pela sua forma, projeto do arquiteto gaúcho Marcos David Heckman (1931). Lembrava o projeto de Oscar Niemeyer para o auditório da Escola Estadual Governador Milton Campos (1954-1956), à Rua Fernandes Tourinho, nº 1020, no Bairro Lourdes, em Belo Horizonte. O Mata-Borrão deu lugar ao Edifício Negrinho do Pastoreio, que abrigou a extinta Caixa Econômica Estadual, e posteriormente, o “Tudo Fácil” (Figura 4), na Avenida Borges de Medeiros, nº 521.
Sobre o projeto de Niemeyer para o IPERGS, infelizmente mais nada foi até aqui encontrado. O autor deste artigo procurou seguir os passos indicados por funcionários da autarquia para procurar o projeto. Esforço inútil. O que resta é o que foi aqui descrito. Além das parcas informações do projeto, resta a descrição divertida desta vinda, que é a comprovação da forma com que Oscar Niemeyer encarava suas viagens para não tomar aviões. Na maioria das vezes, apenas respondia às demandas a partir do seu escritório no Rio de Janeiro, sem conhecer pessoalmente os locais onde seriam construídas as edificações que concebia. Nas últimas décadas de vida, tratava de trabalho apenas no escritório ou em visitas curtas como as que realizou em localidades próximas ao Rio de Janeiro.
Ainda na década de 1940, Niemeyer voltou a Porto Alegre como paraninfo da primeira turma de urbanistas formados na cidade. Perguntado em entrevista para o Correio do Povo, no Hall do Preto Hotel, se seria executado o projeto de sua autoria para o Instituto de Previdência do Estado, não será realizado, não tendo mesmo satisfeito o diretor de obras da Prefeitura de Porto Alegre, respondeu: “Acho isso muito natural, pois trata-se de um projeto completamente diferente dos tipos acadêmicos e passadistas da preferência daquela repartição”.
Lamentavelmente não descreveu esta segunda viagem como fez da vinda anterior.
Bibliografia:
CORONA, Fernando. Caminhada – Tomo II 1945/49-1953 – um homem como outro qualquer – nascer em um lugar e renascer em outro. Manuscrito na forma de diários, 220p.
CORRÊA, Marcos Sá. Oscar Niemeyer. Rio de Janeiro: Relume, 2005.
LUCAS, Luís Henrique Haas. A escola carioca e a arquitetura moderna em Porto Alegre (1). Arqtextos, ISSN 1809-6298, 073.04, ano 7, junho 2006. Link aqui. Visitada em 3/3/2023.
NIEMEYER, Oscar. As curvas do Tempo – Memórias. Rio de Janeiro: Editora Revan, 1998(páginas 69 a 81).
Oscar Niemeyer em Porto Alegre. Revista do Globo: Porto Alegre, ano 20, nº 482, 14 maio 1949, p.43-45 e p. 72.
II Congresso Brasileiro de Arquitetos. Revista do Globo: Porto Alegre, ano 20, nº 478, 05 março 1949, p.46-49.
SIMON, Círio. Oscar Niemeyer em Porto Alegre 01 – O Instituto de Artes e o campo da arquitetura. Porto Alegre, 1º de maio de 2010. Link aqui. Visitada em 12/03/2023.
SIMON, Círio. Oscar Niemeyer em Porto Alegre 02 – O II Congresso Brasileiro de Arquitetura em Porto Alegre precede a presença de Niemeyer. Porto Alegre, 4 de maio de 2010. Link aqui. Visitada em 12/03/2023.