“A união faz a força” é um conhecido e sábio pensamento para exemplificar a importância do coletivo. Há mais de dois anos, o Brasil vem vivendo as incertezas sobre a pandemia de COVID-19. Estamos acompanhando fenômenos cada vez mais evidentes sobre a crise climática, dilemas éticos em relação à política e muitos outros fatos. E, em momentos como esses, é fundamental que nós como sociedade nos voltemos a refletir com atenção para a prática da cidadania.
Cada vez mais vemos a necessidade de repensarmos o nosso papel como cidadãos, para com a nossa sociedade e não somente como indivíduos. Cada ação que fazemos, inevitavelmente, reflete em consequências, sejam elas boas ou não. Infelizmente, há algumas décadas vivíamos e ainda vivemos em uma realidade que incentiva e minimiza a importância de relacionamentos sociais e comunitários. As pessoas não faziam mais ações para o próximo. Isso até que mudou um pouco no início da pandemia de COVID-19, pois tivemos uma situação extrema e vimos a necessidade de nos unirmos. Pessoas morrendo devido a falta de empatia e responsabilidade de usar uma simples máscara – não por ignorância, mas por teimosia. Pessoas morrendo de fome, porque a economia e a empregabilidade sofreram muitas mudanças.
Aprendemos é que ainda nem todos entendem que nossa liberdade individual está condicionada ao coletivo. Ainda bem que algumas pessoas percebendo o risco de catástrofes ainda piores, resolveram agir criando ações como campanhas de conscientização, arrecadação de alimentos e com isso conseguiram ter a visão de construir e reconstruir nossa sociedade.
Tenho tido experiências em grupos e coletivos. Tem sido gratificante. Gosto muito de aprender com as pessoas com as quais eu convivo. Experiências como, por exemplo, ajudar na organização da Caminhada Salvem o Menino Deus!, junto com a Associação Comunitária dos Moradores e Amigos de POA – Núcleo Menino Deus, em dezembro de 2021, pois vendo os crescentes números de assaltos, nós moradores do bairro, resolvemos reivindicar mais segurança.
Em grupos de empreendedorismo, fui mentora digital no Desafio Criativo Centro+, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre. Também faço parte do Comitê de Empreendedorismo Feminino de Porto Alegre, cujo o Coletivo POA Inquieta foi um dos parceiros em um programa de qualificação para 500 mulheres, junto com SEBRAE RS e Coca-Cola FEMSA.
No Coletivo POA Inquieta, no qual faço parte há aproximadamente três anos, venho apoiando na comunicação desse coletivo como social media e compartilhando postagens em seus mais de 20 grupos. Também estou integrando o Projeto Cidade Educadora, assinei o Pacto pela Educação e estamos cocriando, junto com o POntA Cidadania o Congresso Popular Educação para a Cidadania, que será realizado nos dias 27 e 28 e agosto deste ano.
Se todo mundo se desse por conta do quanto é importante para a cidadania a participação, tenho certeza, teríamos uma cidade bem melhor. Que nós, cidadãos, continuemos fazendo ações, lutando, criando soluções para o nosso bem e assim teremos uma sociedade mais equilibrada, inclusiva e sustentável.
*Luciana Bettoni é articuladora dos spins Comunicação e Pós-Digital e social media do POA Inquieta