Hoje em dia é muito comum vermos pais sem tempo para momentos incríveis ao lado de seus filhos.
Falo de momentos simples, de uma leitura de um livro bacana em conjunto, de uma brincadeira na sala de estar, cantar uma música, dançar, contar histórias…
Falo da brincadeira, do tempo de convívio, de se olhar, conversar, abraçar, interagir.
Muitas vezes, além do tempo, o que mais se vê é uma falta de disposição para isto.
Mas isto não é normal.
Você entra em um restaurante e o que você encontra: namorados em seus dispositivos móveis, sem se falar… famílias na mesma situação, ou quando estão conversando, seus filhos estão “dentro dos aparelhos“.
Parece uma convenção social absolutamente aceita onde todos estão de acordo: chegar no restaurante, “sacar” o tablet ou o smartphone e… “Fique aí bem quietinho que eu preciso… (de diversão, dar um tempo, relaxar…)”.
Como se os filhos tivessem virado, de uma época para outra, um completo impedimento para o casal ou existir interação entre as pessoas passou a ser uma dura tarefa!!
É comum, mas não é normal.
Mais e mais vezes, encontramos jovens trancados em seus quartos, depois de um dia na escola, sem se quer manter uma mínima conversa com seus pais. Você vai dizer: isto é beeem comum para um adolescente.
É, entendo, mas não é normal.
“Inclusive sobre este caso acima, tenho uma história real muito triste que presenciei através de uma pessoa próxima, sobre o perigo das redes sociais, celulares, filhos trancados em quartos, completamente abandonados. Tristemente trágica demais! Em outro conteúdo abordarei este tema e esta história com uma profundidade adequada.
É comum vermos a cada dia mais jovens adolescentes adoecendo emocionalmente por falta de experiências fortalecedoras e positivas junto as suas família.
Mas isto também não é normal.
Muitas coisas hoje em dia, como alguns dos exemplos acima, são comuns, mas se você refletir mais em cada uma delas verá que o que é comum não é normal!!
E quanto a você, o que está buscando?
O comum ou o normal para a sua família, para sua vida?
Outro dia uma amigo, que teve uma filha recentemente, me perguntou:
– Deivis, como vocês faziam para sair jantar? Era tranquilo, dava certo?
Ao que eu respondi:
– Sim, sempre deu certo. Algumas vezes mais tranquilas que outras, mas posso dizer que nunca foi um problema.
E antes que você fique curioso, a minha filha Amanda só foi utilizar um dispositivo móvel quando fez 10 anos de idade!! Era um aparelho sem chip para ligações, usado e com aplicativos selecionados e autorizados por mim, através de um aplicativos específico de controle. Somente com alguns aplicativos lúdicos. Nada de jogos e outras coisas.
Portanto, nunca usamos os aparelhos como objeto de abandono de nossa filha.
Isto mesmo, porque se você entende que ela não pode estar presente na sua família naquele momento, você está delegando para o aparelho a tarefa de manter a atenção dela. Algo que entendo ser da responsabilidade dos pais e não da tecnologia, ou seja, abandonando-a para o aparelho.
Ahh, Deivis, mas não é muito exagerado isto? Durante a primeira infância, que vai até os 10/12 anos de idade, na nossa opinião, não!
É ali que se formam as nossas crenças de identidade e sei que você não vai querer vacilar com isto. Vai por mim, o assunto é muito sério e cabe bem em outro conteúdo específico para isto.
Quais as dicas então?
DICAS
Na verdade são duas dicas que quero deixar aqui: uma é Autorresponsabilidade.
É saber que o futuro dos seus filhos é sua responsabilidade e você precisa criar hoje, a cada dia, a cada instante, aquilo que eles se tornarão.
“Autorresponsabilidade é a crença que você é o único responsável pela vida que tem levado, sendo assim, é o único que pode mudá-la”. Paulo Vieira
E a outra dica é uma palavra-chave que se chama pertencimento!!
Pertencer é uma necessidade de todo ser humano. Somos sociais por natureza, portanto, mostre para seus filhos que ele não está sozinho neste mundo, nem jogado em um canto de um bar ou restaurante. Mostre que ele tem uma base, um alicerce poderoso chamado família e que não importa o ambiente em que vocês estejam, estarão juntos!
Crie um senso de pertencimento para seus filhos entenderem que pertencem a sua família, independentemente de local, atividade…
Não se trata de ficar 100% do tempo dando atenção exclusiva aos filhos, isto seria disfuncional.
Combine antes o que farão e como farão, o que se espera do encontro, jantar, festa e como cada um pode usufruir daquele momento, trazendo união e felicidade para todos.
ALGUMAS IDEIAS
Algumas ideias para restaurantes que sempre funcionaram com a gente:
- “Contação” de Histórias: brincadeira onde todos contam uma pequena história para os demais. Pode ser também, um começa a contar uma história (imaginada ali mesmo) e outro tem que seguir e assim por diante. Ideal para quando está somente a família. O resultado é incrível!! Melhor dizendo, o resultado é pura integração, isto é puro pertencimento!
Levar um Livro de Ilustrações para Pintar: Enquanto pinta, todos podem conversar, dar atenção para convidados, amigos e partilhar do momento, pintando um pouco e interagindo outro tanto.
E assim, muitas outras brincadeiras foram criadas, cada uma para uma fase/idade apropriada e ambiente ideal.
Para nós, sair sempre foi uma atividade em família, portanto tinha que ser pensada e planejada. Desta forma, nunca deu errado!
Sei que você pode estar pensando, mas para mim, no meu passado foi diferente, fui criado de outra maneira, minhas referências são outras…
OK, compreendo, eu também fui criado diferente.
O que estou te convidando é para você decidir hoje a mudar e a começar uma nova comunicação!!
Uma comunicação poderosa de amor!
O mundo mudou e andou rápido e você não pode criar e educar seus filhos como os seus pais fizeram!
Ou você acredita que é só a tecnologia que evolui em nosso planeta?