A Claudia Padão publicou no grupo de resíduos do POA Inquieta uma foto com a legenda com a informação de que no Barra Shopping tem lugar para quem quiser descartar os chinelos Havaianas. Mas só essa marca, comentou a Simone Pinheiro.
Logo depois, a Maria Caravaggio, comenta:
“Sério isso?! Que coisa impressionante.
A C&A recebe roupas usadas de todas as marcas. O Boticário recebe vidros de todas as marcas. A loja Quem te disse Berenice recebe produtos de beleza vencidos e embalagens de todas as marcas.
Ou seja, trabalham a Responsabilidade Socioambiental na essência.
Agora, em um dos dias mundiais da limpeza (acho que 2018), o que mais tiramos da Orla do Guaíba foi pé de chinelo da Havaianas.
Chegarão lá 🙏🙏”
Essas e outras trocas de mensagens similares circulam no grupo de resíduos, um dos mais ativos do qual sou articuladora do POA Inquieta. Nesse grupo, há gente de vários lados da cadeia dos resíduos. Mas principalmente indignados com a produção absurda de rejeitos e a sujeira da cidade. No grupo tem muita gente que procura saber onde é melhor destinar seus resíduos.
E também há cada vez mais interessados em saber se as embalagens podem mesmo ser reaproveitadas e recicladas. Também há aqueles que procuram disseminar boas práticas no condomínio, na rua onde moram. E nesse grupo há muita troca, conexões com gente de várias partes da cidade.
A indústria, assim como órgãos de controle e regulamentação, evolui nos seus processos devido à pressão do mercado e da sociedade. E quanto maior a diversidade de participantes dos grupos, mais teremos condições de compreender as distintas variáveis do contexto envolvendo resíduos. Aprendo demais com o pessoal das usinas de triagem, com pesquisadores, empresários e entre outros participantes do grupo. Gente que tem consciência de que os resíduos são recursos que não devem ser desperdiçados.
Sílvia Marcuzzo é articuladora do POA Inquieta e colunista da Sler