A Argentina já mostrou suas fragilidades defensivas no Catar. Mas impôs sua camisa e fez o necessário para despachar a Austrália, nas oitavas-de-final. A Holanda, também longe de ser um timaço, bateu os EUA e vai encarar a equipe de Messi nas quartas. A França, junto com o Brasil, uma das melhores seleções da Copa, passeou contra a Polônia, em espetáculo particular do craque Mbappé – ele é o melhor jogador do mundo atualmente. E a Inglaterra, espécie de terceiro melhor time no torneio, confirmou fácil contra o bom time do Senegal.
Hoje é a vez do Brasil. Contra a Coreia do Sul será uma barbada, muitos pensarão. Não projeto desta forma. A Seleção, que tem boas perspectivas de contar com Neymar, até poderá transformar em fácil o confronto. Mas não se enganem com o adversário, ainda que seja um grande azarão das oitavas. O time sul-coreano é treinado pelo português Paulo Bento, que além de comandar a seleção de seu país por 4 anos trabalhou no futebol brasileiro: em 2016 treinou o Cruzeiro, em passagem fracassada de 17 jogos e aproveitamento de 41%.
Dentro de campo, o camisa 7, Son, comanda as ações. Com 30 anos, o jogador do Tottenham está na sua terceira Copa do Mundo. Capitão da Coreia, tem jogado de máscara por conta de uma lesão séria no rosto. Foi artilheiro na última Premier League, ao lado de Salah. Na premiação Bola de Ouro de 2022, Son ocupou o 11º lugar
Mas há outros jogadores que atuam na Europa. O camisa 10 Lee Jae-Sung, 30, joga no alemão Mainz 05. Lee kang-In, canhoto, 21 anos, está no Mallorca, da Espanha, e veste a camisa 18. O volante Hwang In-Beon, 26 anos, camisa 6, é um dos melhores da seleção. Ele atua pelo Olympiacos, da Grécia. O zagueiro Kim Min-Jae, camisa 4, defende o Nápoli, da Itália. O camisa número 11, o atacante Hwang He-Chan, 26, autor do gol da virada sobre Portugal, está na reserva, o que não é bem aceito pela imprensa sul-coreana. Ele joga no inglês Wolverhampton e ao anotar o gol da vitória aos 46 do segundo tempo já é tratado como herói nacional.
A Coreia empatou com o Uruguai (0x0), perdeu para Gana (2×3) e virou sobre Portugal (2×1). Paulo Bento alterna dois esquemas táticos, num sistema defensivo, mas que chega com transição rápida no ataque: coloca 5 jogadores numa primeira linha, 3 no meio e dois atacantes; ou, mais frequentemente, joga em duas linhas de 4 e dois mais à frente, num ortodoxo 4-4-2, sendo o craque Son um dos homens de frente.
Enfim, o Brasil é favorito. Mas precisa confirmar dentro de campo.