Logo no início de suas colaborações com o Pasquim, Paulo Francis pisaria na bola. O episódio que acabou virando gíria, Yamamoto, fazia referência a uma crítica escrita por Francis sobre o filme Tora! Tora! Tora!.
No texto, ele disse que o Almirante Isoroku Yamamoto, comandante das operações navais do Japão durante o ataque a Pearl Harbor, havia comparecido à première do filme, em 1971. Só que o militar japonês estava morto desde abril de 1943.
Com a repercussão gigantesca que houve, Paulo Francis se sentiu na obrigação de se explicar. E o fez na coluna Opiniões Pessoais, publicada na edição de número 98. Ali, Francis dizia já ter recebido “15 cartas (até hoje, domingo, 9 de maio, o correio deve trazer mais) sobre a ausência do almirante Yamamoto na estreia de Tora, Tora, Tora”.
Mais adiante, também explicava seu método de escrita e suas citações. “Fico até envergonhado de explicar. Meninos, elas representam o meu apreço pelo leitor inteligente, mas, talvez, desinformado”. E no final dá uma banana para os leitores que não quiserem acompanhá-lo, com seu estilo e suas idiossincrasias.
“Escrevo para mim, me criticando, mais do que ninguém. Quem quiser ler, ótimo, quem não, idem. Adieu”.