A última PNAD divulgada trouxe dados atualizados sobre como anda o bolso das várias faixas etárias acompanhadas anualmente pelo IBGE. A renda média do brasileiro com 14 anos ou mais e que tem fonte de renda está em R$ 2.476,00 mensais. Quando olhamos este dado apenas sobre a população com renda no Rio Grande do Sul este valor sobe para R$ 2.717,00 mensais, um valor 9% superior ao valor médio nacional.
Quando falamos da população com 60 anos ou mais as percepções médias vêm carregadas de desinformação e até de preconceito. Há no imaginário popular a imagem de que a maioria das pessoas nesta faixa etária necessitem de apoio estrutural e financeiro dos seus familiares o que os fatos e dados mostram não ser verdadeiro.
Vamos testar sua percepção: quem você acha que ganha mais no Rio Grande do Sul? Uma pessoa com 40 anos de idade ou alguém com 60 anos?
Os dados na mesma PNAD IBGE que citei no início deste texto mostram que a renda média de uma pessoa com 40 anos no Rio Grande do Sul é de R$ 3.034,00 enquanto a renda média de alguém com 60 anos de idade é de R$ 3.204,00 que é 3,4% superior à do trabalhador de meia idade. Para um Estado que tem 2,2 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, a renda total mensal chega a R$ 7 bilhões e a anual ultrapassa os R$ 84 bilhões.
Em 2019 realizamos um estudo na SeniorLab que identificou o ano, mês, dia e hora que o Rio Grande do Sul passaria a ser considerado um estado envelhecido. Foi no dia 7 de outubro daquele ano às 03 da madrugada. O momento em que o Estado teria uma pessoa com mais de 60 anos a mais do que crianças e jovens de zero a quatorze anos. Desde então este assunto que ganhou destaque nacional passou a integrar a visão de futuro para vários setores produtivos. Como preparar marcas, produtos e serviços para uma realidade tangível, importante quantitativamente e bilionária? Uma das respostas está naquele tal de Aging in Market que tratei no meu artigo da semana passada aqui na Sler.