E finalmente os cidadãos-de-bem, cristãos e patriotas resolveram explodir um caminhão de querosene no Aeroporto de Brasília, no feriado de Natal, quando milhares de pessoas circulavam para se reunir com suas famílias.
Crianças, jovens, adultos e idosos mortos e feridos valeriam a pena com a decretação do Estado de Sítio ao qual se seguiria o Golpe de Estado com a perpetuação do seu Jair no poder. Seriam meros efeito colaterais da luta pela liberdade.
Homônimo do fundador da pátria norte americana e líder na Guerra da Independência, o nosso George Washington é um paraense que foi rumo a Brasília com um arsenal de fazer inveja à Al-Qaeda, disposto a fundar por aqui a Pátria Bolsonarista, a partir do acampamento instado na frente do quartel. A bomba no aeroporto seria o estopim da Guerra da Independência contra o STF, Foro de SP e comunistas em geral.
Na polícia, confessou que seu plano foi traçado na antessala do quartel general de Brasília, exatamente no acampamento montando pelos patriotas que pedem Golpe de Estado em nome da democracia.
George Washington de Oliveira Sousa é a cria caricata do Steve Bannon, metade norte-americano, o resto brasileiro raiz, mergulhado no chorume ideológico do irmão do norte, apesar de não saber dizer bom dia em inglês.
Então, os incansáveis defensores da família iriam carbonizar famílias transitando no aeroporto de Brasília; os cristãos matariam cristãos na comemoração do nascimento de Cristo. Tudo em nome do Golpe Militar.
Tenho dificuldades de compreender por que um acampamento em prol da democracia foi instalado na frente de um quartel ao invés do Congresso Nacional, ONU, TSE, OEA etc. Deve ser alguma restrição cognitiva provocada pela GloboLixo e as Antenas Haarp na minha vida.
Afinal, descobrimos que é possível planejar atentados terroristas na calçada de um quartel, zona de segurança máxima. Se dependermos das nossas FFAA, basta o presidente do Suriname acordar de mau humor para, em 72 horas, nos tornarmos o Suriname do Sul.
Surpreende que a polícia tenha prendido o tal George Washington paraense, já que, no anterior episódio de terrorismo doméstico, o da tentativa de invadir a Polícia Federal, a polícia de Brasília não conseguiu prender ninguém, apesar das filmagens mostrarem policiais assistindo os cidadãos de bem tentando atirar um ônibus em chamas de cima do viaduto.
Não foram casos isolados, ou vocês acham que incendiar pneus em estradas, postos de pedágio, atirar na polícia e interromper o tráfego em rodovias com caminhões, por não concordar com o resultado da eleição, é direito de expressão?
Grupos de Whatsapp “pintaram Estrelas de Davi” nos comerciantes e profissionais liberais que simpatizavam com o Lula ou simplesmente se recusaram a exaltar Bolsonaro, uma tragédia financeira para quem já vive com pouco. Afinal, quem vota no Lula não merece nem o sustento, pensam os cristãos.
Os cachorros raivosos têm tutores.
Começa-se o adestramento cortando os vínculos dos animais com a realidade, dizendo que toda a mídia mente; trancam-se eles em uma gaiola de fake News; criam inimigos imaginários sempre na espreita pra acabar com suas vidas e tudo que prezam. Fabricam sobressaltos contínua e interminavelmente: é o relatório das FFAA sobre as urnas, as 72 horas, o Diário Oficial que será publicado. Por mais que se nade, a praia vai sempre se distanciando.
Por fim, soltam-se os aloprados em cima da sociedade babando ódio!
Daí vem a carrocinha do Xandão, prende os cães raivosos enquanto seus tutores bebem seu espumante na piscina de borda infinita na Flórida, apreciam BlueLabel na sede da rede de televisão, brincam com o primo no Vivendas da Barra ou tocam sanfona no Palácio do Planalto.
Aí o seu Jair, depois de tudo consumado, diz em live que jamais apoiou qualquer ato de terrorismo; a Jovem Pan que é totalmente contrária aos atos antidemocráticos; e o Rodrigo Constantino que repudia as tentativas de o vincular a qualquer coisa dessa natureza. Lavam as mãos na covardia da terceirização dos seus próprios planos.
Por enquanto penduram de cabeça pra baixo os cachorros raivosos, enquanto seus mussolinis assistem sem empatia o holocausto das suas crias, pois, afinal, são apenas cachorros raivosos.
Espero o distanciamento histórico para confirmar o sentimento que Xandão é um dos patronos da democracia brasileira. Praticamente todos os integrantes do STF se acadelaram com a escalada autocrática do seu Jair e seus movimentos mostraram que só atuam com contundência quando um juiz parcial consegue manipular a opinião popular contra um candidato da esquerda.
O STF atuou como em um programa de auditório que escolhe o vencedor pelo maior número de palmas do auditório, pouco importando os fatos e circunstâncias, e Sérgio Moro e seu Jair foram os vencedores, afinal, todo mundo sabia que o Lula era ladrão.
Quando o mal-agradecido do seu Jair resolveu tocar fogo no STF, nada mais conveniente que libertar o Lula pra limpar a merda que suas Excelências haviam criado na sua inesgotável erudição.
A conta a ser paga é alta, 700 mil mortos na pandemia, a nação amiga da vacina transformada em um antro negacionista, militares ouriçados com golpe militar, terrorismo doméstico e cães raivosos que vagarão sem dono nos próximo 04 anos. Deus tenha piedade do Brasil.