Você já teve a sensação de fazer um trabalho na sua área profissional que lhe traz uma espécie de realização, uma gratificação plena? Pois estou tendo neste momento.
Esqueça a pobre rivalidade, em especial a paupérrima rivalidade Gre-Nal, um ambiente em que as pessoas se deliciam com a tentativa de desconstrução e até da negação do outro.
Pois bem. Escrevi “120 anos de Glória”, o livro sobre os 120 anos do meu time, o Grêmio. É o oitavo livro que escrevo sobre meu clube, e os outros são importantíssimos, mas esse é diferente.
É diferente porque a essência de todos os outros livros está nele e, claro, tem algo mais. Creio que seja um livro definitivo sobre a história do clube. Um livro para ser lido e traduzir uma alma.
E aqui entra o detalhe pessoal: ao contrário do que é costume por estes pagos afeitos a rivalidades e polarizações desconstrutivas, eu não gostaria que meu livro fosse nichado.
Convido à leitura gremistas, colorados, corintianos, flamenguistas, palmeirenses, botafoguenses, são-paulinos, vascaínos, santistas, cruzeiristas, atleticanos e outros.
Eu simplesmente conto uma história. Uma história que me esmerei em descrever num texto que delicie o leitor, com uma edição caprichadíssima, uma ilustração de capa primorosa.
Enfim, é uma joia que me enche de orgulho, de capa dura, papel de altíssima qualidade, arte fantástica do Diego Ferrer.
O livro perpassa a Porto Alegre do século 20, mostra como foi a luta da Marianita Nascimento (atleta gremista e hoje diretora) pela legalização do futebol feminino, aborda a diversidade, com a linda negritude da história tricolor, o advento da Coligay (torcida LGBT pioneira e única), o judaísmo de Salim Nigri.
Também há nele todos os grandes títulos nacionais e internacionais e as conquistas regionais mais relevantes. Resgata até mesmo algumas conquistas pouco lembradas.
O mundial gremista de 1983, que faz 40 anos, toma conta da segunda parte do livro, depois do epílogo. É pra ser um caso a parte, mesmo, merece a reverência da maior conquista.
É muito importante sublinhar uma característica desse livro, que para mim, como autor, tem imenso valor. Mesmo levando o selo do clube, o livro é muito autoral. A instituição respeitou minhas subjetividades. Até um poema tem ali dentro. E, quando o autor tem liberdade para viajar, o resultado costuma ser diferenciado.
Literalmente diferenciado, porque traz idiossincrasias, traz um texto que tenta navegar o leitor numa aventura.
Por tudo isso, acho que este é um livro único, especial. Livro de História? Não! Sou jornalista. Mas uma grande reportagem, como são todos os meus livros, que reportam fatos.
Como autor, minha pretensão é de que o gremista leia e se orgulhe, e o leitor não gremista desarmado leia e simpatize. Sonho como o boca-a-boca que divulgue a obra ao natural.
Só lamento uma coisa: meu pai não estar vivo para lê-lo.
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Serviço:
Nome: 120 anos de Glória
Autor: Léo Gerchmann
Edição: Fernando di Primio
Onde Comprar: Lojas GrêmioMania
Preço de capa: R$ 159,90
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Shabat shalom!