Um político antissemita, que chamo de Assaltaina e você não terá muita dificuldade de aliar a alcunha ao nome real, cuja grande parceira é a Voz de Gralha (idem) e os companheiros de partido são a Felchiona e o Peter Sarjetas (idem, idem), amigos do MALagueta e da Narizinho (esses de outro partido), fez uma postagem acintosa aos judeus dias atrás. Numa montagem*, pôs o premiê israelense Benjamin Netanyahu de mãos dadas com o próprio Adolf Hitler. Esses sedizentes humanistas não têm um pingo de empatia. Se tivessem, não cogitariam fazer esse tipo de comparação com o presidente do país que é o recanto judaico no mundo, o único lugar onde os judeus não são minoria e não se sentem estranhos e perseguidos (não, esses animais não se dão conta!). Eles usam os maiores padecimentos sofridos pelo povo judeu, motivo de um violento trauma transgeracional, pra alimentar suas convicções levianas de jogadores de WAR.
Mas, ora, contra judeu tá liberado!
Longe de mim ter simpatia por Netanyahu, um político que desprezo com todas as minhas forças, que montou uma coalizão com partidos de extrema direita e fundamentalistas religiosos porque precisava se agarrar ao poder diante das acusações de corrupção de que é alvo. Ou seja, é um oportunista, além de ser um fascista que vinha tentando liquidar com a independência do Judiciário ao lado de figuras obscurantistas que se julgam donos da fé, mas na verdade contrariam todos os valores desta.
Logo, não tenho procuração e nem quero ter para defender esse sujeito que desprezo e sempre quis ver longe do poder no meu lar ancestral. Mas pera lá! A montagem é grotesca e acintosa para justamente o povo que foi a vítima do nazismo, um povo cujos integrantes eram assassinados pelo simples fato de terem sua identidade, um povo que deixou de ter 2/3 dos seus filhos na Europa e 1/3 no mundo, numa máquina de extermínio montada especificamente para, deliberadamente, liquidar essas pessoas (crianças, isso é genocídio, e esse foi o motivo para essa palavra ser criada. Ah, é exatamente o que pretende fazer o Hamas).
Mas o que eu quero dizer é o seguinte: para me contrapor à montagem asquerosa feita pelo tal Assaltaina, parceiro da Voz de Gralha e companheiro da Felchiona e do Peter Sarjetas, eu NÃO rebato com uma montagem. Faço isso com uma foto histórica, VERDADEIRA e nas mesmíssima posição em que o leviano do Assaltaina pôs Netanyahu e Hitler. Repito: a foto (que ilustra esta coluna) é histórica, verdadeira, comprovada, certificada, inequívoca. Não é uma montagem! Não é “fake”! Mostra o mufti palestino (líder maior dos palestinos) Haj Amin al Husseini muito à vontade ao lado do companheiro ideológico Adolf Hitler.
Repito: eu respondo a uma montagem com uma foto verdadeira.
Entenderam?!
Verdadeiro contra falso. Simples.
O encontro entre dois líderes que queriam exterminar o mesmo povo e cujos diletos herdeiros perpetraram um pogrom devastador no último dia 7 de outubro, com execução de bebês, feto arrancado da barriga de uma mãe (e ambos sendo mortos, evidentemente), sequestros, fuzilamentos a maldade com a única intenção de exterminar essas pessoas, seguindo as diretrizes explícitas no estatuto do grupo genocida e terrorista.
Pois bem, antes de continuar o texto, deixo você com links de outras colunas em que tenho abordado este assunto com o desesperado desejo de iluminar o “obscurantismo humanista”. Nos links, você pode ler contextos que escrevi e que não posso continuar repetindo eternamente. Mas são importantes. Leia:
- Antissionismo é antissemitismo
- Os poréns seletivos que constroem narrativas desonestas
- Compreenda o conflito israelo-palestino
- Efeitos do antissemitismo estrutural
…
Retomando: ouço de algumas pessoas bem-intencionadas que o que o Hamas fez foi uma monstruosa aberração, mas não ocorreu do nada. “Antes teve a opressão de Israel aos palestinos”, alegam. Ora, se é para olharmos as camadas pretéritas e voltarmos aos “poréns”, desnudaremos algo que vem de longe. Territórios ocupados? Acho ruim (quero os palestinos com seu Estado), mas eles ficaram nessa situação porque há um conflito, e no conflito as conquistas acabam sendo uma decorrência. Gaza cercada? Ora, Gaza foi cercada, há 18 anos, porque havia uma chuva de homens-bomba e foguetes atirados contra Israel, e Israel conteve tudo isso com o cerco (aliás, o país aliado dos palestinos é o Egito, que também tem fronteira com Gaza, e essa fronteira também está fechada; e, vale lembrar, a fronteira com Israel nem é tão fechada assim, porque tem milhares de palestinos que trabalham em empresas israelenses, o que mostra ser uma falácia a tal “prisão a céu aberto” e outra aberração o gasto uso da palavra “apartheid”.
Vamos voltar mais algumas camadas? Os árabes lutaram contra os judeus porque os judeus criaram seu Estado provocando a fuga dos palestinos (que nem tinham esse nome, eram os árabes que viviam naquele mesmo lugar cujo nome já fora Judeia e agora era Palestina por uma determinação do Império Romano quando expulsou os judeus…). Ok. Os judeus, que são povo originário como os árabes, estavam voltando ao seu lar ancestral e topavam dividir espaço com eles, que rejeitaram os judeus (xenofobia, não é isso?), e houve o mesmo número de judeus (algo como 700 mil) expulsos de países árabes vizinhos na ocasião PELO SIMPLES FATOS DE SEREM JUDEUS. Mais camadas: a ONU, em 1947, fez uma partilha de territórios que hoje todas as pessoas de bom senso consideram próxima do ideal; os árabes a recusaram e, diante da refundação de Israel, atacaram, provocando reação israelense com armas cedidas PELO BLOCO SOCIALISTA (sim, a URSS foi o primeiro país a reconhecer Israel, e a antiga Tchecoslováquia forneceu armas). Mais camadas? “A partilha seria injusta”, você insistirá, para sustentar a narrativa “antissionista” (antissemita). Ok. Em 1937, a comissão britânica Peel já havia oferecido uma partilha (horrorosa para Israel), em que o urgente Estado judeu teria só 11% do território. Os árabes recusaram e os judeus, relutantemente, aceitaram.
E é nesse ponto que chegamos ao sujeito da foto.
O nazista precursor dos terroristas genocidas de hoje.
O mufti, parça do Adolf, queria o que o Hamas quer hoje: um califado. Um território todo ele controlado pela sharia (a legislação islâmica). Queria os judeus, chamados de “infiéis”, ardendo no inferno. Exatamente igual ao que manifestamente (EM ESTATUTO, POR ESCRITO!) quer o Hamas, que prevê esse genocídio, literalmente, com todas as letras. Confesso que, caso isso um dia ocorra, eu gostaria de ver a Voz de Gralha e a Felchiona transitando entre os companheiros do “grupo de resistência” (sic) Hamas no meio do califado. Seria muito divertido. Pena que não poderei ver, porque estarei morto. Não posso existir, lembra? Os fofos querem me exterminar.
Então, ao justificar o pogrom perpetrados por TERRORISTAS que estupraram, degolaram bebês (sim, isso ocorreu!), executaram e sequestraram os integrantes de um povo que os facínoras querem ver exterminado (divertiram-se, certamente, ao rasgar a barriga de uma grávida judia e lhe tirar o feto, matando ambos), aprofunde-se nas camadas. Em vez de fazer uma montagem do Netanyahu com o maior inimigo da história do povo judeu, você poderá desprezar a destreza da tecnologia e usar uma foto verdadeira, com o mufti. Veja só que simples. É só seguir o fio.
*Evidentemente, não mostro a montagem leviana, que tem o poder de provocar ódio aos judeus, porque não vou alimentar o que esses antissemitas fantasiados de “humanistas” criam; não propago ódio nazista em imagens fake. Mas aviso que as posições dos personagens na montagem e na fotografia real são incrivelmente idênticas. Só que uma é falsa e outra, verdadeira.
Shabat shalom!