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Longe de mim ser admirador do argentino Javier Milei. Quem me conhece sabe que é todo o oposto. Mas ver um canalha como o Nicolás Maduro chamá-lo de “nazista” soa a deboche e dói.
Nicolás Maduro justifica os terroristas genocidas do Hamas e se alia aos aiatolás que enforcam mulheres, que negam o Holocausto e pedem em estatuto a eliminação de Israel. E o outro é o “nazista”?!
Canalha! Desgraçado! Sem-vergonha!
Já fiz quatro grandes coberturas na Venezuela chavista. Aquilo é irrespirável. O sujeito sente a opressão no ar. A miséria está espalhada por todos os cantos, como nem no Brasil se vê.
Eu fui! Eu vi!
Em 2013, cobri a eleição de Nicolás Maduro contra Henrique Capriles. Andei por tudo, dos bairros de classe média ao Petare, a grande favela local. A esmagadora maioria odiava o Nicolás Maduro.
Tal como naquela ocasião, o falastrão venceu a eleição agora sob acusações de fraude e diante da evidente impopularidade nas ruas com suas filas em mercados que dão voltas em quarteirões.
Pelo que tenho acompanhado, a fraude agora foi até pior, porque as pessoas não suportam mais esse cara. Mas ele ganhou como ganhavam seus ídolos Saddam Hussein e Muamar Kadafi.
Manga de filhos da puta! Grotescos! Seres repulsivos!
E aí entra a essência daquilo que hoje chamamos de “polarização”. Uma esquerda burra, ignorante e leviana apoia essas figuras, que são a maior tradução de um fascista.
Uma vez, voltei de Caracas e, ainda chocado pelo que vi (sempre voltava em estado de choque), ouvi na rádio um líder na nossa “esquerda” dizendo que não existem filas em Caracas.
Fiquei ainda mais chocado!
Se o sujeito realmente esteve lá, ele é um deslavado mentiroso, porque as filas são jiboias cercando os prédios à vista de todo mundo. O cara vai do aeroporto pro centro e tropeça nelas.
“Mentiroso!”, eu gritava comigo mesmo.
E era um cara que eu respeitava até então.
A polarização política faz as pessoas apoiarem o inadmissível, porque lhe interessa. O cara é notadamente um grande filho da puta, mas, ora, é do seu “campo ideológico”. Que asco!
Agora, nas Olimpíadas, sobre o Sena, desfilavam o Irã que incendiou uma menina porque ela foi ao estádio, a Síria que já matou 600 mil pessoas na sua guerra e outros regimes assassinos.
Quem foi vaiado? Israel. Por quê? Porque Israel reagiu ao pogrom devastador de terroristas que estupraram, degolaram, sequestraram, assassinaram jovens que dançavam numa festa.
Re-a-giu!
Mas não adianta dizer o óbvio.
Por favor, onde vamos parar?
Já vi a esquerda burra ser sectária e dogmática e me incomodei muito com isso, mas relevava, porque via até como folclore. Não me importava muito. Mas agora a coisa chegou ao inadmissível.
Uma coisa é ser contra o Muro da Mauá, rejeitar a Constituição brasileira de 1988, boicotar o fim da ditadura pela alternativa de eleger o Tancredo. Outra é alimentar o ódio contra os judeus.
Passou qualquer limite!
Odorico Paraguaçu foi criado por Dias Gomes para personificar o tirano debochado de direita. Mas hoje estamos vendo Odoricos de esquerda. Nicolás Maduro é um Bem Amado caribenho.
Essa esquerda está se enredando na sua própria caricatura.
O mundo está um asco.
Um asco ambidestro, porque você que me conhece e me acompanha aqui sabe do conceito que faço da extrema direita negacionista, má e ignorante que anda por aí. Argh!
Mas a ferradura nunca teve os seus polos tão próximos.
E, a você que leu este texto apesar de tantas agressões e nomes feios, eu agradeço a paciência e lhe explico: não tinha como ser diferente. Nunca escrevi um texto com tantos palavrões.
É de profunda desesperança e exasperação.
Ufa!
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