A última PNAD renda familiar revelou dados atualizados sobre como anda o bolso das várias faixas etárias acompanhadas pelo IBGE. A renda média do brasileiro com 14 anos ou mais e que tem alguma fonte de renda formal ou informal está em R$ 2.476,00 mensais. Quando olhamos este dado apenas sobre o corte populacional 60+ a população com renda no Brasil este valor sobe para R$ 3.197,00 mensais, um valor 29% superior ao valor médio nacional. Só este dado já justificaria a expressão “potência do consumo 60+”, mas temos mais dados para perturbar as marcas, produtos e serviços retardatários.
Quando falamos da população com 60 anos ou mais as percepções médias vêm carregadas de desinformação e até de preconceito. Há no imaginário popular a certeza de que a maioria das pessoas nesta faixa etária necessitem de apoio estrutural e financeiro dos seus familiares, o que os fatos e dados mostram não ser verdadeiro. Na pesquisa realizada pela SeniorLab, Raízes e Ativen ainda durante a fase aguda da pandemia, identificamos que em mais de 35% dos lares brasileiros a única ou principal fonte de renda era oriunda de uma ou mais pessoas com 60 anos ou mais. Em 2019, pré-pandemia, o IBGE identificava que 25% dos lares tinham igual característica. Os 60+ seguraram várias barras, inclusive a financeira nos rearranjos familiares que se mostraram necessários.
Vamos testar sua percepção: quem você acha que ganha mais no Brasil na média? Uma pessoa com 40 anos de idade ou alguém com 60 anos ou mais? Os dados na mesma PNAD IBGE que citei no início deste texto mostram que a renda média de uma pessoa com 40 anos foi de R$ 2.819,00, ou 11,8% menor que o grupo de renda 60+. Com uma população nesta faixa etária maior do que 34 milhões, segundo projeções, atingimos uma trilionária renda anual equivalente a 14,9% do PIB 2021.
Uma população que vive mais e que na média tem uma renda importante atrai os olhares para o tema longevidade, afinal já que vamos viver mais precisamos viver melhor. Neste contexto pesquisas até então conhecidas no meio acadêmico e científico como o Projeto Veranópolis conduzido pelo Instituto Moriguchi, sobrenome que homenageia o Professor Doutor Yukio Moriguchi considerado o Pai da Geriatria no Brasil, começa a ganhar reconhecimento e conhecimento entre a população leiga e destaco, a mais interessada nos aprendizados e orientações. O Terra da Longevidade Negócios chega para acelerar o Lifelong Wellness na indústria nacional voltada ao bem-estar. São 28 anos da mais longa pesquisa sobre longevidade no Brasil, ao que destaco ter sido “descoberta” dez anos antes das cinco blue zones no planeta. Os anos que ganhamos a mais na nossa expectativa de vida pedem mais conhecimento para a vida longa, plena e feliz revelada pelo Terra da Longevidade.
Em 2019 realizamos um estudo na SeniorLab que identificou o ano, mês, dia e hora que o Estado do Rio Grande do Sul passaria a ser considerado um estado envelhecido. Foi no dia 7 de outubro daquele ano às 03 da madrugada o momento em que o Estado teria uma pessoa com mais de 60 anos a mais do que crianças e jovens de zero a quatorze anos. Desde então este assunto que ganhou destaque nacional passou a integrar a visão de futuro para vários setores produtivos. Como preparar marcas, produtos e serviços para uma realidade tangível, importante quantitativamente e bilionária? Eu sei.