Vou fazer uma proposta aos leitores deste espaço. Purifiquemos nossas mentes e principalmente nossos corações. Chega de Bozo! Chega de gente feia, ignorante e má! Deixemos eles lá cantando pra pneus, chamando ETs, abraçando quartéis, tomando cloroquina (santo remédio!) e, principalmente, se esborrachando na frente de caminhões (dou a maior força, mas a cuestão no tocante a isso é que o caminhão precisa estar em movimento, porra!). Outro dia eu sugeri a amigos que procurassem suas madeleines. Nem sempre é no chá e pode ser em várias coisas boas da vida. Minha lista ficou bem razoável. Sinal de que tenho uma vida feliz! Desafio o leitor a fazer a sua.
É muito íntimo, muito subjetivo. Acho engraçado. Vocês não relacionam músicas, livros, situações e até cidades com comida?
Faz lembrar coisas boas e esquecer a escrotidão careta desses enfermos.
- Buenos Aires: doce de leite
- Júlio Verne: chocolate amargo
- Abbey Road: requeijão Deal
- São Paulo: feijão com arroz
- Bar da Zero Hora: sanduíche natural com coca light
- Cem anos de solidão: tortei
- Livro bom em geral: chimarrão ou comida caseira (um ou outra, claro!)
- Ida pra praia na infância com meus avós: maçãs farinhentas (que ficavam quentes no fusca sem ar-condicionado)
- Viajar pra praia à noite: suco de frutas e vitamina de banana
- Ver festejo no Obelisco: licuado y sandwich de miga
- Capão: pão quentinho, puxa-puxa, sonho, abacaxi inteiro segurando no cabo (sem camisa, claro!)
- Montevidéu: carne com cerveja
- Nova York: cheesecake do mercado
- Almoço na praia: vianda do Jurema’s ou do Meu Pontinho
- Comer fora na praia: peixe, feijão e sagu do Maquiné
- Ir pra praia com a família: café e pastel no Maquiné da estrada
- Cinema: pipoca (óbvio!)
- Carnaval na Sacc: loló (lança-perfume caseiro)
- Almoço no Colégio Israelita Brasileiro: Dogsul, polenta frita do Dosul e Bauru do Trianon (com cachaça e underberg, às vezes)
- Volta do jogo: xis no Wympi quando criança, xis no Plutão quando jovem, pizza em casa quando coroa
- Bom Fim à tarde: sorvete da Cronks, doce na Barcelona, xis no Zé do Passaporte
- Almoçar com meus avós: guefilte fish e “kneidle”, a sopa de bolotas (feitas de matzá, no Pessach)
- Bom Fim à noite: vinho de garrafão com os amigos
- Mercado Público de Montevidéu: peixe com molho branco
- Meu apê em Buenos Aires: empanadas na padaria da Calle Araoz
- Trabalhar no Centro: comida vegetariana
- Londres: chá com leite e peixe com batatas
- Madri e Lisboa: bacalhau com alho
- Barcelona: pão com tomate
- Venezuela: feijão com banana (juro! O Pabellon Criollo!) e arepa
- Cuba: mojito
- Paris: baguete só com queijo camembert
- Porto em São Borja: peixe frito com tomate e cebola
- Estádio à noite com meu pai e meus amigos: quentão
- Estádio de dia com meu pai: paçoquinha
- Colégio Israelita Brasileiro quando guri: prensado do seu Mendel e da dona Regina
- Estrada: pastel, sempre!
- “Sextar” no Colégio Israelita Brasileiro quando guri: chalá (pão doce do Shabat) e suco de uva
- Capão no inverno: marijuana e licor comprado na Freeway
- Pink Floyd: marijuana e doce pra larica
- Rush: marijuana e doce pra larica
- Deep Purple: marijuana e doce pra larica
- Beatles: tudo junto ao mesmo tempo
Agora: saudade da marijuana pra acalmar, ter larica e adoçar a vida!
…
Shabat shalom